PARÓQUIA DE SÃO FÉLIX

São Pedro do Sul-Portugal

Papa assinala as três características nas quais se sustenta a autoridade do sacerdote

Segundo o ACI Digital (09/01/2018), estas são as três características nas quais se sustenta a autoridade do sacerdote, segundo explicou o Papa Francisco na Missa desta terça-feira, 9 de janeiro, na Casa Santa Marta: emoção, proximidade e coerência.

Segundo o Santo Padre, foi o próprio Jesus que estabeleceu esta autoridade pastoral, e assim figura no Evangelho de São Marcos que narra como os presentes na sinagoga de Cafarnaum ficavam impressionados com a autoridade de Cristo.

Diferente dos ensinamentos dos escribas e doutores da lei de Israel, que ensinavam de suas cátedras, afastados das pessoas, o ensinamento de Jesus "provoca o estupor, movimento no coração". "Jesus tinha autoridade porque se aproximava das pessoas", insistiu o Papa.

"Porque estava próximo, entendia; mas acolhia, curava e ensinava com proximidade. Aquilo que dá autoridade a um pastor ou desperta a autoridade que é dada pelo Pai é a proximidade: proximidade a Deus na oração - um pastor que não reza, um pastor que não busca Deus perdeu a proximidade das pessoas".

O Pontífice recordou que "o pastor separado das pessoas não chega a elas com a mensagem. Proximidade, esta dupla proximidade. Esta é a unção do pastor que se comove diante do dom de Deus na oração, e se pode comover diante dos pecados, do problema, das doenças das pessoas: deixa comover o pastor".

Na época de Jesus, os escribas, os doutores da lei, tinham perdido a capacidade de se comover, porque "não estavam nem próximos das pessoas nem de Deus". Como consequência, tinham perdido a coerência de vida. O Papa assinalou que isso é o que Jesus advertiu quando disse às pessoas: "Façam aquilo que dizem, mas não aquilo que fazem".

Nesse sentido, Francisco advertiu contra a vida dupla. "É duro ver pastores com vida dupla: é uma ferida na Igreja. Os pastores doentes, que perderam a autoridade e seguem em frente com esta vida dupla".

"E Jesus é muito forte com eles. Não somente diz às pessoas para ouvi-los, mas para não fazer aquilo que fazem, mas o que diz a eles? 'Mas vocês são sepulcros caiados': belíssimos na doutrina, por fora. Mas por dentro, podridão. Este é o fim do pastor que não tem proximidade com Deus na oração e com as pessoas na compaixão".

Apesar dessas palavras duras, o Papa também deu uma mensagem de esperança: "Eu diria aos pastores que viveram a vida separados de Deus e do povo, das pessoas: 'Mas, não percam a esperança. Sempre existe a possibilidade'".

"A autoridade: a autoridade, dom de Deus. Somente vem d'Ele. E Jesus a dá aos seus. Autoridade no falar, que vem da proximidade com Deus e com as pessoas, as duas coisas sempre juntas. Autoridade que é coerência, não dupla vida. É autoridade, e se um pastor a perde, que ao menos não perca a esperança, como Eli: sempre há tempo para aproximar-se e despertar a autoridade e a profecia".

Evangelho comentado pelo Papa Francisco

Marcos 1,21b-28

21b-Estando com seus discípulos em Cafarnaum, Jesus, num dia de sábado, entrou na sinagoga e começou a ensinar.

22-Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei.

23-Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau. Ele gritou:

24-"Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus".

25-Jesus o intimou: "Cala-te e sai dele!"

26-Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu.

27-E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: "Que é isso? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!"

28-E a fama de Jesus logo se espalhou por toda parte, em toda a região da Galileia.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/papa-assinala-as-tres-caracteristicas-nas-quais-se-sustenta-a-autoridade-do-sacerdote-99221/~


Pároco:

Padre Lindoval Silva

Fig. 1

Fig. 2

Fig. 3















































Fig. 4

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Fig. 6

RESENHA HISTÓRICA DA PARÓQUIA


A PARÓQUIA

O povoamento desta paróquia é antiquíssimo, provavelmente é anterior ao séc. VIII. Mais tarde os territórios da paróquia de São Félix aparecem na posse de mosteiros,seja por doação, seja por venda. Nomeadamente dos mosteiros de Pedroso (Gaia), do São João de Tarouca e de São Cristóvão de Lafões.

Em 1320 são Félix já era Paróquia.

São Félix foi uma vicararia da apresentação da Universidade e eram seus donatários os duques de Lafões. A freguesia é de instituição paroquial relativamente recente, posterior ao séc. XIV.

Nos inícios do séc. XII as paróquias da região de Lafões faziam parte do Arciprestado de Lafões pertencendo São Félix à paróquia de São Pedro do Sul. É atualmente composta pelos lugares de: Aido de Cima, Alvarinho, Casal, Casal Bom, Casal de Matos, Casal de Nespereira, Costa, Eiró, Entroncamento, Fontão, Igreja, Loureiro, Mondelos, Mouta, Regadas, Sacados, São Félix e Vila Nova. E como nome indica o seu padroeiro é São Félix do qual falaremos mais adiante.

Existe nesta paróquia uma Irmandade do Santíssimo Sacramento fundada em 1703 cujos estatutos foram reformulados em 1884.

O primeiro registo escrito da nossa paróquia data do 2 de Janeiro de 1634 e diz respeito ao baptismo do bébé Paulo Amansel, filho de Bento Solameu e de Beatriz Ribeiro de (?), naturais desta paróquia, tendo sido padrinhos Álvaro Cardoso e Maria António Pires de Deus naturais de Souto Dufo, Vila Maior (Fig. 2).

Temos também o primeiro registo de óbito a 1 de Dezembro de 1 6?? (Fig. 3)


Porque é que os registos paroquiais aparecem tão tardiamente?

A obrigação de se manterem registos paroquiaisem todas as igrejas surge a 11 de Novembrode 1563, na XXIV sessão do Concílio de Trento que decretou: "Terá o pároco um livro, no qual escreverá o nome dos esposos, e das testemunhas, e odia e luga em que o matrimónio se contrai, cujo livro guardará em seu poder com cuidado"


QUEM É SÃO FÉLIX?

São Félix e Santo Adauto, São Félix de Nola? Ou outro?

O nome Félix já diz tudo, Bemaventurado ou Feliz


São Félix e Adauto-Mártires

Segundo algumas crenças populares o nosso padroeiro seria o São Félix martirizado com seu companheiro (irmão) Adauto

Poucos são os registros encontrados sobre Félix e Adauto, que são celebrados juntos no dia de hoje. As tradições mais antigas dos primeiros tempos do cristianismo narram-nos que eles foram perseguidos, martirizados e mortos pelo imperador Diocleciano em 287 ou 303.

Irmãos mártires do III século, associados no mesmo culto.

Félix, sacerdote romano, arrancara uma árvore sagrada que, ao cair destruiu um altar pagão. Por isso, o Prefeito fê‐lo decapitar com o seu irmão que os cristãos não sabiam como se chamava e que exigiu seguir Félix no seu martírio. E deram‐lhe o nome de adauctus ou agregado, pois que se juntara a Félix, a fim de receber também a coroa do martírio e que nenhum dos presentes sabia o nome. Estes dois Santos fora Diocleciano (244‐311), em 287 ou 303. Celebrados a 30 de Agosto.

São Félix de Nola-Confessor

Por outro lado no meio de vários santos chamados São Félix sobressai são Félix de Nola pelos atributos de que falarei mais à frente.

Nasceu no terceiro século, em Nola, perto de Nápoles, Itália

Filho mais velho de Hérmias, um soldado sírio que se tinha retirado para Nola. Após a morte de seu pai, Félix vendeu todos os seus bens e deu para os pobres e passou a seguir a sua vocação clerical. Ordenado sacerdote pelo bispo Máximo de Nola.

Durante as perseguições do Imperador Décius, o velho bispo ajudado por Félix fugiu para as montanhas e Félix foi preso, açoitado, carregado de correntes e trancado no calabouço cujo piso estava cheio de vidros.

Entretanto, o Anjo do Senhor apareceu-lhe e lhe ordenou ir em auxílio de seu Bispo, que estava quase morto de fome e de frio. Frente a sua incapacidade de fazer voltá-lo a si, o Santo recorreu à oração e no lugar apareceu uma parreira de uvas, cujas gotas derramou sobre os lábios do mestre, que recuperou a consciência sendo conduzido em seguida a sua Igreja.

Félix escondeu Máximo em uma casa abandonada. Diz ainda a tradição que quando os dois estavam seguros dentro desta velha casa uma aranha rapidamente teceu uma enorme teia sobre a porta de modo que todos pensassem que a casa estava abandonada há tempos.

Os soldados imperiais por lá passaram e não entraram devido a enorme teia e os dois cristãos ficaram assim seguros lá dentro.

Com a morte de Décio em 251 as autoridades encerraram as perseguições aos cristãos.

Após a morte do Bispo Máximo, Félix foi escolhido para ser o bispo de Nola, mas recusou a favor de Quintus um padre mais antigo e mais experiente.

Félix passou a explorar a sua pequena fazenda e dava tudo que nela produzia para os pobres e doentes. A pouca informação que temos sobre São Félix vem de cartas e poesias que enviava para São Paulino de Nola, que serviu como um porteiro na igreja dedicada a São Félix e que reuniu informações sobre ele dos peregrinos e dos paroquianos e mais tarde escreveu uma espécie de biografia de São Félix de Nola.

Félix faleceu em 255 de causas naturais, mas é normalmente listado como mártir, devido as torturas e privações de que foi vitima durante as perseguições aos cristãos.

Seu túmulo tornou-se local de peregrinações e vários milagres foram creditados à sua intercessão.

Ele é invocado contra doenças nos olhos e picadas de insetos.

Do ponto de vista iconográfico o santo que se aproxima mais da imagem retratando S. Félix na nossa paróquia seria São Félix de Nola que se comemora a 7 de Janeiro o que não corresponde à data em que celebramos o nosso patrono a qual corresponde à de São Félix e Adauto. No entanto a iconografia deste santo aproxima.se muito da imagem representando o nosso padroeiro. É apresentado com vestes sacerdotais (fig. 4), segurando um livro na mão esquerda (fig. 5), um tinteiro e pena na mão direita (fig. 6) como se apresenta na imagem presente na nossa igreja paroquial. O tinteiro poder-se-á ter perdido nalgum acidente ou restauração anteriores. Um elemento que confota a ideia de que o nosso padroeiro é São Félix de Nola é a assinatura de um frade que se assina Frei São Vicente Noles (adj. no nomitativo do singular masc. noles/nolente - o que é de Nola) (Fig. 1), podendo a adição de Nola ao seu nome uma forma de honrar o São Felix.

Se dúvida persiste poucas são aquelas quanto ao nosso padroeiro. mas o importante é reconhecermos o valor de santidade dado aos santos, qualquer que seja o São Félix.

Bibliografia:

  • Lafões-Correia de Azevedo (Julho de 1958, pág. 170)
  • Lafões-História e Património-Jorge Adolfo M. Marques (Edições Esgotadas)
  • Processo de ordenação Heráldica - Junta de freguesia de São Félix
  • Flos sanctorum, Ribadeneyra 1790 / Louis Réau Iconografia del arte cristiano Tomo 2 /

Volume 4 - tradução / adaptação MA

Fontes:



  • Gazeta da Beira-24 de Janeiro de 2013-artigo de Henrique Silva

A paróquia possede um coro litúrgico que remonta aos inícios dos anos setenta do século passado.

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