Liturgia

O ano Litúrgico 

O Ano litúrgico é o período de doze meses, divididos em tempos litúrgicos, onde se celebram como memorial, os mistérios de Cristo, assim como a memória dos Santos. Durante o ano inteiro celebramos a vida de Cristo, desde a sua em Encarnação no seio da Virgem Maria, passando pelo seu Nascimento, Paixão, Morte, Ressurreição, até a sua Ascensão e a vinda do Espírito Santo.

Mas enquanto civilmente se comemoram fatos passados que aconteceram uma vez e não acontecerão mais, (muito embora esses fatos influenciem a nossa vida até os dias de hoje), no Ano Litúrgico, além da comemoração, vivemos na atualidade, no dia-a-dia de nossas vidas, todos os aspectos da salvação operada por Cristo. A celebração dos acontecimentos da Salvação é actualizada, tornada presente na vida actual dos crentes.Por exemplo: no dia 7 de Setembro comemora-se o Dia da Independência do Brasil. Pois bem, esse fato aconteceu uma única vez na História do mundo. Já do ponto de vista religioso, no Ano Litúrgico, a cada Natal é Cristo que nasce no meio das famílias humanas, é Cristo que sofre e morre na cruz na Semana Santa, é Cristo que ressuscita na Páscoa, é Cristo que derrama o Espírito Santo sobre a Igreja no dia de Pentecostes. De forma que, ao fazermos memória das atitudes e dos fatos ocorridos com Jesus no passado, essas mesmas atitudes e fatos tornam-se presentes e actuantes, acontecem hoje, no aqui e agora da vida dos cristãos.

Com base no que foi comentado acima, podemos perceber que existiu a necessidade de se organizar essas comemorações. E assim a Igreja fez, ao longo de séculos, estabelecendo um calendário de datas a serem seguidas, que ficou sendo denominado de "Ano Litúrgico" ou "Calendário Litúrgico".

O Ano Civil começa em 1º de Janeiro e termina em 31 de Dezembro. Já o Ano Litúrgico começa no 1º Domingo do Advento (cerca de quatro semanas antes do Natal) e termina no sábado anterior a ele. Podemos perceber, também, que o Ano Litúrgico está dividido em "Tempos Litúrgicos", como veremos a na próxima edição.
Antes, porém, vale a pena lembrar que o Ano Litúrgico é composto de dias, e que esses dias são santificados pelas celebrações litúrgicas do povo de Deus, principalmente pelo Sacrifício Eucarístico e pela Liturgia das Horas. Por esses dias serem santificados, eles passam a ser denominados dias litúrgicos. A celebração do Domingo e das Solenidades, porém, começa com as Vésperas (na parte da tarde) do dia anterior.

Dentre os Dias Litúrgicos da semana, no primeiro dia, ou seja, no Domingo (Dia do Senhor), a Igreja celebra o Mistério Pascal de Jesus, obedecendo à tradição dos Apóstolos. Por esse motivo, o Domingo deve ser tido como o principal dia de festa. Cada rito litúrgico da Igreja Católica tem o seu Calendário Litúrgico próprio. Todos os ritos litúrgicos é idêntico o significado do Ano litúrgico, assim como a existência dos diversos tempos litúrgicos e das principais festas litúrgicas.

A Igreja estabeleceu, para o Rito romano, uma seqüência de leituras bíblicas que se repetem a cada três anos, nos domingos e nas solenidades. As leituras desses dias são divididas em ano A, B e C. No ano A lêem-se as leituras do Evangelho de São Mateus; no ano B, o de São Marcos e no ano C, o de São Lucas. Já o Evangelho de São João é reservado para as ocasiões especiais, principalmente as grandes Festas e Solenidades. Nos dias da semana do Tempo Comum, há leituras diferentes para os anos pares e para os anos ímpares, tirando o Evangelho, que se repete de ano a ano. Deste modo, os católicos, de três em três anos, se acompanharem a liturgia diária, terão lido quase toda a Bíblia.

O Ano Litúrgico da Igreja é assim dividido:

Ciclo da Páscoa

Ciclo do Natal

Tempo comum

Este Ano litúrgico da Igreja tem leituras bíblicas apropriadas para as comemorações de cada santo em particular, perfazendo um total de 161 comemorações. Destas, apenas 10 têm leituras próprias. Aí também estão as 15 solenidades e 25 festas, com leituras obrigatórias, as 64 comemorações necessárias e 94 comemorações facultativas, com leituras opcionais. O Calendário apresenta também 44 leituras referentes à ressurreição de Jesus Cristo, além de diversas leituras para os Santos, Doutores da Igreja, Mártires, Virgens, Pastores e Nossa Senhora.

A seguir, um modelo sintetizado do ANO LITÚRGICO para compreendermos melhor:

Os Tempos Litúrgicos 


Advento 

O Advento (do latim Adventus: "chegada", do verbo Advenire: "chegar a") é o primeiro tempo do Ano litúrgico, o qual antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus Cristo, vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz. No calendário religioso este tempo corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal. O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã.

É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.O Advento começa às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus contando quatro domingos.

Esse tempo possui duas características: Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de Dezembro, visam em especial, a preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa.

A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a alegria expectante e vigilante, a esperança, a pobreza, a conversão.

Tempo do Natal 

Após a celebração anual da Páscoa, a comemoração mais venerável para a Igreja é o Natal do Senhor e suas primeiras manifestações, pois o Natal é um tempo de fé, alegria e acolhimento do Filho de Deus que se fez Homem.

O tempo do Natal vai da véspera do Natal de Nosso Senhor até o domingo depois da festa da aparição divina, em que se comemora o Batismo de Jesus. No ciclo do Natal são celebradas as festas da Sagrada Família, de Maria, mãe de Jesus e do Batismo de Jesus.

Tempo da Quaresma 

Quaresma, palavra que vem do latim quadragésima, é o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no Domingo de Páscoa.

O Tempo da Quaresma é um tempo forte de conversão e penitência, jejum, esmola e oração. É um tempo de preparação para a Páscoa do Senhor, e dura cerca de quarenta dias. Neste período não se diz o "Aleluia", nem se colocam flores na Igreja, não devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o "Glória a Deus nas alturas", para que as manifestações de alegria sejam expressadas de forma mais intensa no tempo que se segue, a Páscoa. A Quaresma inicia-se na Quarta-feira de Cinzas, e termina na manhã de Quinta-feira Santa.

A Quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja Católica marcam para preparar os fiéis para a grande festa da Páscoa. Durante este período, os seus fiéis são convidados a um período de penitência e meditação, por meio da prática do jejum, da esmola e da oração. Ao longo deste período, sobretudo na liturgia do domingo, é feito um esforço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que pretendem viver como filhos de Deus.

A Igreja Católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na Quarta-feira de Cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos devem então recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma consequência da penitência.

Tríduo Pascal 

O Tríduo Pascal é um conjunto de três dias celebrado no Cristianismo (católico romano), composto pela Quinta-Feira Santa, Sexta-Feira Santa e Vigília Pascal, véspera do Domingo da Ressurreição ou Domingo de Páscoa. Este último dia já não faz parte do Tríduo Pascal.

O Tríduo Pascal começa com a Missa da Santa Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa. Neste dia, é celebrada a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, e comemora-se o gesto de humildade de Jesus ao lavar os pés dos discípulos.

Na Sexta-Feira Santa celebra-se a Paixão e Morte de Jesus Cristo. É o único dia do ano que não tem Missa, acontece apenas uma Celebração da Palavra chamada de "Ação ou Ato Litúrgico".
Durante o Sábado Santo, a Igreja não exerce qualquer acto litúrgico, permanecendo em contemplação de Jesus morto e sepultado.Na noite de Sábado Santo, já pertencente ao Domingo de Páscoa, acontece a solene Vigília pascal. Conclui-se, então, o Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-Feira, Sexta-Feira e o Sábado Santo, que prepara o ponto máximo da Páscoa: o Domingo da Ressurreição.


Tempo Pascal 


A Festa da Páscoa ou da Ressurreição do Senhor, se estende por cinqüenta dias entre o domingo de Páscoa e o domingo de Pentecostes, comemorando a volta de Cristo ao Pai na Ascensão, e o envio do Espírito Santo. Estas sete semanas devem ser celebradas com alegria e exultação, como se fosse um só dia de festa, ou, melhor ainda, como se fossem um grande domingo, vivendo uma espiritualidade de alegria no Cristo Ressuscitado e crendo firmemente na vida eterna.

O tempo pascal é o mais forte de todo o ano, inaugurado na Vigília Pascal e celebrado durante sete semanas até Pentecostes. É a Páscoa (passagem) de Cristo, do Senhor, que passou da morte à vida, a sua existência definitiva e gloriosa. É a páscoa também da Igreja, seu Corpo, que é introduzida na Vida Nova de seu Senhor por meio do Espírito que Cristo lhe deu no dia do primeiro Pentecostes. A origem desta cinquentena remonta-se às origens do Ano litúrgico.

Tempo Comum 

Além dos tempos que têm características próprias, restam no ciclo anual trinta e três ou trinta e quatro semanas nas quais são celebrados, na sua globalidade os Mistérios de Cristo. Comemora-se o próprio Mistério de Cristo em sua plenitude, principalmente aos domingos. É um período sem grandes acontecimentos, mas que nos mostra que Deus se faz presente nas coisas mais simples.

É um tempo de esperança acolhimento da Palavra de Deus. Este tempo é chamado de Tempo Comum, mas não tem nada de vazio.

É o tempo da Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e no trabalho pelo Reino. O Tempo Comum é dividido em duas partes: a primeira fica compreendida entre os tempos do Natal e da Quaresma, e é um momento de esperança e de escuta da Palavra onde devemos anunciar o Reino de Deus; a segunda parte fica entre os tempos da Páscoa e do Advento, e é o momento do cristão colocar em prática a vivência do reino e ser sinal de Cristo no mundo, ou como o mesmo Jesus disse, ser sal da terra e luz do mundo.

Não se podem contrapor os chamados "tempos fortes" ao Tempo Comum, como se este tempo fosse um tempo fraco ou inferior. É o tecido concreto da vida normal do cristão, fora das festas, e pode ver-se nele a comemoração da presença de Cristo na vida quotidiana e nos momentos simples da vida dos cristãos.

Duas fontes são importantes para a espiritualidade e força do Tempo Comum: Os Domingos e os tempos fortes. O Tempo Comum pode ser vivido como prolongamento do respectivo tempo forte. Vejamos: a primeira parte do Tempo Comum, iniciada após a Epifania e o Batismo de Jesus, constitui tempo de crescimento da vida nascida no Natal e manifestada na Epifania.
Esta vida para crescer e manifestar-se em plenitude e produzir frutos, necessita da ação do Espírito Santo que age no Batismo do Senhor. A partir daqui Jesus começa a exercer seu poder messiânico. Também a Igreja: fecundada pelo Espírito ela produz frutos de boas obras;
No Tempo Comum temos algo semelhante ao recomeçar por volta do 9º Domingo, imediatamente depois de Pentecostes: a vida renasce na Páscoa e desenvolve-se através do Tempo Comum, depois de fecundado pelo Espírito em Pentecostes. A força do Mistério Pascal é vivida pela Igreja através dos Domingos durante o ano que amadurece os frutos de boas obras, preparando a vinda do Senhor.

O Tempo Comum é ainda tempo privilegiado para celebrar as memórias da Virgem Maria e dos Santos.

As Vestes (Paramentos) e Objetos (Vasos) Litúrgicos 


Para lidar com coisas santas e sagradas, são usados na celebração objetos, vestes e outros sinais que realçam e apontam a sacralidade daquilo que se celebra. As vestes, objetos e outros elementos não são "enfeites", mas cada um traz um significado que está de acordo com a dignidade do momento sagrado que se celebra.

A variedade das vestes ou paramentos litúrgicos serve para manifestara diversidade dos ministérios (indicações hierárquicas) exercidos na liturgia. As vestes querem nos dar o sentido de revestir-se de Cristo, de sua autoridade, do seu serviço. O cristão, procura imitar o Cristo, seu divino modelo.

A beleza e a nobreza das vestes resulta do tecido e da forma; se houver ornatos, sejam figuras ou símbolos que indiquem o uso sagrado. As cores devem visar manifestar o caráter dos mistérios celebrados, conforme desenrolar do ano litúrgico.

Túnica

É a veste oficial do padre durante as celebrações que ele preside. A túnica é uma veste branca, embora possa ser de outras cores (dentro de um certo bom censo), a qual esconde a individualidade do sacerdote, para que nele se possa perceber o próprio Cristo que preside o Sacrifício. A túnica lembra que o sacerdote que foi, no batismo revestido de Cristo, se reveste agora simbolicamente do homem novo (para presidir o Sacrifício Eucarístico). 

Alva 


É uma veste branca como a túnica, porém é usada juntamente com a casula, vindo sob ela

A alva, juntamente com a casula, dá um caráter mais solene às celebrações.

Estola 

É uma faixa vertical (para padre) ou diagonal (para diácono). A estola do padre pode ter duas faixas ou três. Ele a usa sobre os ombros com duas pontas caindo para frente. Ela simboliza o serviço sacerdotal que o padre realiza como ministro (servidor) de Cristo. Sua cor varia conforme a liturgia. 

Casula 

É uma veste mais solene que cobre tanto a alva como a estola. É a veste própria do padre (diácono não pode usá-la), não tem costura nos lados e é usada nas Missas dominicais e dias festivos. A cor varia conforma a liturgia. 

Dalmática 

É a veste própria do diácono. É colocada sobre a alva (túnica) e a estola. É utilizada na celebração da missa. Aberta dos lados, tem as mangas largas e curtas. A cor também varia de acordo com a liturgia. 

Hóstia 

É o pão de trigo puro. Há uma hóstia maior usada pelo presidente da celebração e várias menores que são consagradas para a comunhão da assembléia. A hóstia grande é para ser vista de longe, na elevação (durante a consagração), e ser partida durante a oração do Cordeiro para ser comungada juntamente com as pequenas. 

Vinho 

É vinho puro de uva. Normalmente é conhecido como "vinho canônico" por estar de acordo com as normas (cânon) da Igreja. 

Cálice 

É uma taça revestida de ouro, prata ou outro material que os imite. Ele deve apontar para a excelência e grandiosidade do conteúdo que nele é oferecido.

Patena 

É um pratinho de metal que acompanha o cálice, normalmente de material semelhante.

Sobre ela é colocada a hóstia grande ( e em alguns casos, também algumas pequenas).

Âmbula 

É um vasos que tem tampa e serve para conduzir ou guardar as hóstias a serem distribuídas para o povo. Algumas são ornamentadas e cobertas com um véu quando ficam com a reserva eucarística (hóstias consagradas que não foram comungadas durante a Missa), o véu aponta o respeito e a excelência do alimento sagrado que trazem dentro de si.

Água 

É água natural. Serve para purificar as mão do sacerdote durante a cerimônia do lavabo e ser misturada no vinho, na preparação das oferendas, para simbolizar a humanidade que se une à divindade de Cristo (vinho). Também é usada na purificação do cálice e das âmbulas após a comunhão. 

Pala 

É uma peça quadrada, dura, normalmente de linho engomado, que serve para cobrir o cálice, evitando que caia dentro dele alguma sujidade

Sanguinho ou Sanguineo 

É uma toalha pequena e branca que serve para enxugar o cálice no momento da purificação e retirar das âmbulas os fragmentos que lá ficaram após a comunhão e que são colocados no cálice. 

Corporal 

Toalha maior e quadrada. Chama-se deste modo porque sobre ele se coloca o Corpo e o Sangue do Senhor.

Galhetas 

Duas pequenas jarras de vidro ou outo material. Uma tras a água e a outra o vinho. Elas estão sempre juntas, em um pratinho ou outro objeto na credência. 

Credência 

Pequena mesa que fica ao lado do altar, onde ficam depositados os objetos a serem usados durante a celebração. 

Manustérgio 

Pequena toalha que serve para enxugar as mãos do sacerdote e dos ministros na cerimônia do lavabo. Vem do latim "manus" = mãos. 

Missal 

Livro que contem os ritos da Missa e todas as orações necessárias para se celebrar a eucaristia. 

Lecionário 

Livro que contém as leituras e salmos da Sagrada Escritura, organizados de acordo com a liturgia do ano litúrgico. São três: dominical (leituras dos domingos); semanal (leituras dos dias de semana) e santoral (leituras para festas de santos). 

Crucifixo 

Em todo lugar onde se celebra a Eucaristia, deve haver um crucifixo para lembrar que a Ceia do Senhor é inseparável do Seu sacrifício Redentor na cruz. 

Velas 

Estão presentes para nos lembrar a fé que reúne e a presença de Cristo, luz do mundo. Lembra a luz recebida no batismo. 

Flores 

Mais presentes aos domingos e demais celebrações festiva para nos recordar a alegria de se reunir ao redor da mesa do Senhor. Não devem ser colocadas sobre o altar, mas ao lado. Nunca devem ser colocadas sobre o sacrário. 

Altar 

É o centro da celebração e da Igreja. Representa o próprio Cristo que se tornou altar e cordeiro. Lembra a mesa da Ceia do senhor, também lembra a cruz de Jesus, que foi como altar onde o Senhor ofereceu o sacrifício da própria vida. Deve estar em destaque na Igreja e ser tratado sempre com muito respeito. Antes, sempre se comparava o altar com o calvário, onde Cristo nos redimiu e nos salvou, e assim continua fazendo pela renovação de seu sacrifício na celebração da Missa. 

Eis o mistério da fé!

Essas são palavras que o sacerdote pronuncia logo após a consagração do pão e do vinho e resumem toda a essência da Santa Missa. Ela é a celebração do mistério da fé, o ápice de toda devoção cristã.

Quem não entendeu o sentido profundo da Missa ainda não compreendeu o sentido profundo do cristianismo e da salvação que Jesus veio trazer aos homens.

A maioria dos batizados não gosta de participar da Missa?

Para uns ela é apenas uma longa cerimônia; para outros, um hábito sociológico, "um peso necessário", uma obrigação de consciência ou apenas um exercício de piedade. Uns não gostam da Missa porque não gostam do padre que a celebra; outros, porque não gostam do sermão, ou porque a música não está boa, etc. E, assim, ficam apenas no acessório e se esquecem do Essencial.

A Missa é a celebração máxima da fé, porque nela o "mesmo" Sacrifício de Cristo no Calvário se faz presente, se "atualiza", para que cada um de nós, pessoalmente, e em comunidade, possa em adoração, oferecer o Cristo ao Pai, pela salvação da humanidade.

A Liturgia reza que quando celebramos a Paixão do Senhor sobre o altar, "torna-se presente a nossa redenção".

Deus, que na Sua misericórdia tinha muitas maneiras de restaurar a humanidade, escolheu esse meio de salvação para destruir a obra do demônio; não recorreu a Seu poder, mas à Sua justiça. Era justo que o demônio só perdesse seu domínio original sobre a humanidade sendo vencido no mesmo terreno onde venceu o homem. Cristo o venceu como homem, com a sua morte e ressurreição; destruindo a morte e a dominação do demônio sobre a humanidade.

É isto que celebramos na Missa; a Vítima Santa se torna presente sobre o altar, agora de maneira incruenta, para salvar, hoje, a humanidade.

Cristo mais uma vez oferece ao Pai o seu Sacrifício perfeito. E a redenção é aplicada a cada um de nós que comunga o Corpo imolado e ressuscitado de Jesus.

Carregando em Si todos os pecados dos homens, de todos os tempos e de todos os lugares, Jesus ofereceu ao Pai um Sacrifício perfeito.

O Pai aceitou essa oblação do Filho amado e, pela ressurreição, garantiu o Seu perdão à humanidade pecadora.

Por Jesus ressuscitado, a humanidade volta a Deus e caminha para a sua ressurreição.

Jesus ressuscitado é a garantia do triunfo dos que n'Ele creem.

Por Ele todas as criaturas voltam redimidas para Deus, na Sua oblação que se faz perpétua através da santa Missa.

No santo Sacrifício, o Calvário (o mesmo) se faz novamente presente. As ações de Jesus não se perdem no tempo, porque Ele é Deus, são teândricas; isto é, humanas e divinas.

O pão e o vinho oferecidos representam todo o universo e toda a humanidade que Cristo oferece ao Pai com todas as suas chagas, trabalhos e dores. Ali depositamos também a nossa vida e o nosso ser oferecendo-os também a Deus para fazer a Sua vontade.

Na consagração do pão e do vinho, Jesus - pelos lábios do sacerdote (qualquer que seja ele) - transforma a matéria no Seu Corpo e Sangue.

Pela celebração da santa Missa, o mundo volta reconciliado para Deus e somos salvos. Ali, cada batizado, cada membro da Igreja, oferece a Deus Pai o Sacrifício perfeito de Seu Filho Jesus. Por isso, não há oferta mais agradável a Deus; não há oração mais completa em mais eficaz.

A Missa é o centro da fé, é o cerne do Cristianismo, é o coração da Igreja, é o centro do universo.

Nela o Senhor nos dá a comungar o Seu Corpo e Sangue. Ele vem morar em nós para ser nosso Alimento e Remédio.

Ele vem a nós para ser o alimento da caminhada, a força contra o pecado, e para transformar nossa vida de homem em vida de filho de Deus.

Pela Eucaristia, Cristo vem para em nós viver e amar os outros e para fazer de nós Seus discípulos e transformadores do mundo pela Sua presença e graça. Quando comungamos, nós nos tornamos, de fato, membros do Corpo de Cristo, unidos a todos os irmãos do céu e da terra. E a redenção do mundo! Nunca compreenderemos totalmente a magnitude da santa Missa...

Ela é a fonte de onde nos vem a salvação. Por ela, a cada dia, Cristo salva a humanidade.

Quando entendermos bem o significado da missa, a consequência imediata será o desejo de participar dela todos os dias...

Prof. Felipe Aquino

Eucaristia: Santa Sé enviou carta-circular aos bispos sobre «o pão e o vinho»

Documento manifesta preocupação pelo fabrico e venda «em supermercados, lojas ou internet»

Cidade do Vaticano, 08 julho 2017 (Ecclesia) - A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos recordou aos bispos diocesanos que lhes compete "providenciar dignamente tudo que é necessário para a celebração da Ceia do Senhor", numa carta-circular enviada a pedido do Papa Francisco.

"Ao bispo, primeiro dispensador dos mistérios de Deus, moderador, promotor e garante da vida litúrgica na Igreja que lhe está confiada compete-lhe vigiar a qualidade do pão e do vinho destinado à Eucaristia e, por isso, também, aqueles que o fabricam", lê-se no documento divulgado hoje pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos observa que hoje o pão e o vinho para a celebração da Eucaristia vendem-se, "também, em supermercados, lojas ou mesmo pela internet" e, "até agora", algumas comunidades religiosas dedicavam-se a essa preparação.

É recomendado que o pão e o vinho destinados à Eucaristia tenham "um tratamento conveniente" nos lugares de venda.

Na carta enviada o dicastério lembra as normas existentes e sugere "algumas indicações práticas" para "ser uma ajuda", por exemplo, "garantindo a matéria eucarística mediante a concessão de certificados".

"Para que não fiquem dúvidas acerca da validade desta matéria eucarística", acrescenta.

Os bispos diocesanos devem recordar aos sacerdotes, em particular aos párocos e aos reitores das igrejas, "a responsabilidade" de verificarem "quem é que fabrica o pão e o vinho" para a celebração e a "conformidade da matéria".

"Compete informar e advertir para o respeito absoluto das normas os produtores de vinho e do pão para a Eucaristia", frisa a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

"Honestidade, responsabilidade e competência" é pedido a quem confeciona o pão e produz o vinho para a Eucaristia, devendo ter "consciência" a que se destina o seu trabalho.

O documento recorda que a Congregação para a Doutrina da Fé já "indicou as normas" para as pessoas que, "por diversos e graves motivos", não podem consumir pão normalmente confecionado ou vinho normalmente fermentado na carta-circular aos presidentes das Conferências Episcopais de 24 de julho de 2003.

"As hóstias completamente sem glúten são matéria inválida para a eucaristia", mas podem ser usadas hóstias "parcialmente desprovidas de glúten", o suficiente para "obter a panificação", "sem acréscimo de substâncias estranhas".

Já o mosto, o sumo de uva, fresco ou conservado, de forma a interromper a fermentação mediante métodos que "não lhe alterem a natureza (p. ex., o congelamento), é matéria válida para a Eucaristia".

O documento sugere também às conferências episcopais que "encarregue" uma ou duas congregações religiosas para "verificar a produção, conservação e venda" do pão e do vinho para a Eucaristia num determinado país ou "para outros países" para os quais exportem.

CB

Somos santificados pela Eucaristia

"A Eucaristia é o coração e o ápice da vida da Igreja - diz o Catecismo - pois nela Cristo associa sua Igreja e todos os seus membros a Seu sacrifício de louvor e de ação de graças oferecido uma vez por todas na cruz a seu Pai; pelo seu sacrifício ele derrama as graças da salvação sobre seu corpo, que é a Igreja" (§1407).

Quem quer receber a Cristo na comunhão eucarística não pode ter, em consciência, algum pecado mortal. Será preciso confessar antes.

"É pecado mortal todo pecado que tem como objeto uma matéria grave, e que é cometido com plena consciência e deliberadamente" (CIC§ 1859).

Isto é, uma infração grave à lei de Deus, cometida de maneira consciente e livre.

"A matéria grave que é precisada pelos dez mandamentos segundo a resposta de Jesus ao jovem rico: "Não mates, não cometas adultério, não roubes, não levantes falso testemunho, não defraudes ninguém, honra teu pai e tua mãe" (Mc 10,19) ", (CIC§ 1858).

O meio mais poderoso para a nossa santificação é a Comunhão com Jesus na Eucaristia. Por ela nos unimos com o "Santo", e somos nele transformados. Assim como o ferro, no fogo, vai assumindo a cor deste, pela Comunhão vamos assumindo a "imagem e semelhança" do Senhor.

A Eucaristia é o alimento espiritual de nossa caminhada para Deus. No Antigo Testamento ela foi prefigurada pelo maná que alimentou o povo de Deus por quarenta anos, a caminho da Terra Prometida. (Ex 8,2-16). Esse maná era apenas uma figura do verdadeiro "pão vivo descido do céu", que quem comer "viverá eternamente" (Jo 6,51).

No discurso sobre a Eucaristia, que Jesus proferiu na sinagoga de Cafarnaum, ele deixou claro:

"Em verdade, em verdade vos digo, se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós" (v. 53).

Se não temos a vida de Jesus sem a Eucaristia, muito menos poderemos ter a santidade, pois esta é exatamente a consequência da participação da vida divina.

"Porque a minha carne é verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida" (v. 55).

Assim como o corpo não pode ter vida sem comida e sem bebida, da mesma forma a alma não tem a vida eterna sem a Eucaristia, sem o Corpo ressuscitado de Jesus.

No discurso de Jesus há uma promessa maravilhosa:

"Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele" (56).


No discurso sobre a Eucaristia, que Jesus proferiu na sinagoga de Cafarnaum, ele deixou claro:

"Em verdade, em verdade vos digo, se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós" (v. 53).

Se não temos a vida de Jesus sem a Eucaristia, muito menos poderemos ter a santidade, pois esta é exatamente a consequência da participação da vida divina.

"Porque a minha carne é verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida" (v. 55).

Assim como o corpo não pode ter vida sem comida e sem bebida, da mesma forma a alma não tem a vida eterna sem a Eucaristia, sem o Corpo ressuscitado de Jesus.

No discurso de Jesus há uma promessa maravilhosa:

"Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele" (56).

Jesus, na última Ceia, insistiu com os discípulos:

"Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tão pouco dar fruto, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, essa dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer" (Jo 15,1-5).

No final Jesus completa dizendo:

"Nisto é glorificado meu Pai, para que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos" (8).

Essas palavras mostram que o "fundamental" na vida cristã, é "permanecer" em Jesus, a fim de que possamos dar frutos, que glorificam o Pai.

Para que pudéssemos, então, "permanecer nele", ele nos deixou a Eucaristia, o maior de todos os milagres do seu amor por nós. O seu próprio Ser nos é dado, corpo, sangue, alma e divindade. É o próprio Jesus ressuscitado que vem a cada um de nós.

Seu Corpo se funde ao nosso, sua Alma se une à nossa, seu Sangue se mistura com o nosso, e sua Divindade se junta à nossa humanidade. Não pode haver união mais íntima e mais intensa na face da terra. É o amado (Jesus) que vai em busca da sua amada (nossa alma) para unir-se a ela. O amor exige a união. E nessa união Ele nos santifica.

"Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei" (Mt 11,28).

A maneira mais fácil de acolher esse convite amoroso do Senhor é na Eucaristia.

"Não os quero despedir em jejum para que não desfaleçam no caminho" (Mt 15,32).

Jesus disse aos seus discípulos, sobre aquela multidão faminta que o seguia há três dias pelo deserto, e por isso fez o milagre da multiplicação dos pães. Agora Ele "multiplica" o seu próprio Corpo para que não desfaleçamos na caminhada dura desta vida até a Casa do Pai. Sem dúvida, a multiplicação dos pães, foi um grande milagre que prefigurava a Eucaristia distribuída a cada um de nós.

A Comunhão nos preserva do pior de todos os males que é o pecado. O Concílio de Trento (1545-1563) afirma que é "remédio pelo qual somos livres das falhas cotidianas (...) e preservados do pecado mortal".

O Papa Inocêncio III afirmou:

"Jesus Cristo com a sua paixão nos livrou do poder do pecado, mas com a Eucaristia nos livra do poder de pecar".

POR PROF. FELIPE AQUINO

O que é o grande mistério da Santa Missa?

O santo Sacrifício da Missa é a principal forma dos cristãos cultuar o seu Deus. Através dela se recebe as graças necessárias para bem viver a luta contra os pecados e o perdão dos pecados veniais; manter a comunhão profunda com Deus, com os irmãos e irmãs. Através do Santo Sacrifício também pode-se aplacar a ira divina, festejar a glória de Deus em Jesus Cristo, na Virgem Maria e nos Santos; também podemos levar as almas do purgatório para o céu, sem esquecer que vivenciamos o milagre de antever o gozo do céu.

Esta foi instituída pelo próprio Deus, Jesus Cristo, na última ceia, como uma forma de se mantar presente e vivo o santo sacrifício da cruz que Ele iria realizar, tornando-o perpétuo, em pró da salvação da humanidade que havia caído no pecado e estava impedida de entrar no Reino de Deus. Ao derramar Seu sangue, Jesus expiou de uma forma definitiva toda culpa, pagou toda dívida, enxugou todo o pranto, alvejou toda veste, purificou tudo que estava impuro, santificou todos que caíram no pecado. A partir desse sacrifício, temos a excelsa escolha: abraçar o Reino de Deus (pelo batismo, a vivência dos sacramentos e a fuga do pecado) ou o reino de Satanás (vivendo conforme nossas vontades, sem arrependimento).

Na Missa revivemos esse momento de Salvação. O Corpo de Deus e Seu Sangue são separados, ou seja, há imolação, assim mesmo que de forma incruenta (sem dor) acontece a morte da Vitima, Nosso Senhor Jesus Cristo. Dito isto, podemos afirmar que a Missa é a celebração e a Memória da Morte de Jesus na Cruz. Com a morte de Cristo, celebramos sua gloriosa Ressurreição, mas isso não faz da Missa uma "festa", mas sim momento de grave adoração e contemplação da glória de Deus, o que é uma "festa", mas não como a concebemos.

Assim, o Domingo se tornou o principal e mais importante de todos os dias, o dia em que os cristãos se reúnem para celebrar seu Deus morto e ressuscitado, fazer memória dos heróis da fé e fazer comunhão com o Senhor no banquete da Eucaristia. Também é um momento de convívio fraterno com os irmãos, de descanso e alegria para toda a comunidade. Ou seja, não ir a Santa Missa aos domingos é pecado mortal, pois atinge diretamente o terceiro mandamento da lei de Deus: "Guardar domingos e festas".

São Pio de Pietrelcina dizia que devemos participar da Missa "Como assistiram a Santíssima Virgem e as piedosas mulheres. Como assistiu S. João Evangelista ao Sacrifício Eucarístico e ao Sacrifício cruento da Cruz." Dizia também que "na Missa, contemplamos o Calvário".

Papel da música «nunca pode ser entendido como paralelo à celebração» - D. José Cordeiro

Fátima recebeu Peregrinação Jubilar de Coros Litúrgicos

Fátima, 17 junho 2017 (Ecclesia) - O presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade (CELE), D. José Cordeiro, disse hoje em Fátima que a atenção à música deve valorizar a celebração da Missa, sem fazer da mesma um 'espetáculo".

"A Missa não é um concerto. O coro litúrgico ou o grupo dos cantores faz parte da Assembleia litúrgica que celebra o Mistério da salvação. Nunca pode ser entendido como paralelo à celebração. O coro não anima nem faz 'espetáculo', nem a Assembleia litúrgica é uma plateia ou auditório para audição musical", referiu o bispo de Bragança-Miranda na conferência conclusiva da Peregrinação Jubilar de Coros Litúrgicos, enviada à Agência ECCLESIA.

O responsável começou por sublinhar que a Igreja "sempre cultivou a música", em ligação com a oração.

"A ação litúrgica reveste-se de uma maior nobre simplicidade quando é celebrada com o canto, porque ajuda a construir a festa na gratuidade da vida e da abertura ao Mistério", defendeu.

D. José Cordeiro recordou que há normas próprias que definem os cânticos da Missa, relativas ao "conteúdo do texto e valor musical".

O presidente da CELE afirmou depois que os elementos do coro litúrgico desempenham um "verdadeiro ministério litúrgico".

"O ministério do canto e da música é um serviço no serviço da Liturgia, que precisará de ser mais reconhecido e agradecido na Igreja Diocesana", apontou.

A peregrinação nacional mobilizou mais de 160 coros, com cerca de 3 mil elementos, adianta uma nota de imprensa do Santuário de Fátima, numa iniciativa que contou com a estreia da obra 'Magnificat', do compositor Fernando Lapa, composta por 8 estrofes.

O programa encerrou-se com a conferência de D. José Cordeiro e com a recitação de Vésperas.

OC

A solenidade do Corpus Christi em Portugal

A instituição da festa do Corpo do Senhor situa-se no movimento desejoso de ver a hóstia e a adorar, que valorizou o momento da celebração em que se faz a narração da Ceia, assinalado pelo toque de campainha e com solenização ritual.

A festa do Corpus Christi, mal traduzida por «Corpo de Deus», mas chamada «Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo», foi instituída na Bélgica em 1246 e aprovada para toda a Igreja latina em 1264, na quinta-feira após a oitava do Pentecostes. Constitui uma resposta de fé e de culto a doutrinas heréticas sobre a presença real de Cristo na Eucaristia, ao mesmo tempo que coroou um movimento de devoção ardente ao Santíssimo Sacramento do altar. Em 1318 já o papa João XXII lhe acrescentava a procissão solene, que a caracteriza por levar em triunfo o «Santíssimo Sacramento».

Portugal não esperou a determinação papal e acolheu a festa pouco depois da sua criação belga. Já há referências para o Porto (em 1294) e para Coimbra ainda no século XIII. O título de «Corpus Christi» aparece em livros da Colegiada de Guimarães (1302), foi dado ao convento dominicano de Gaia (entre 1348 e 1352) e para reparar um ultraje (1361 e 1362) à eucaristia acontecido em Coimbra foi erguida a Capela do Corpo de Deus, cerca de 1367. Em Évora dá o nome a uma travessa (1385). A Confraria do Corpo de Deus da Igreja de São João Bartolomeu (Guadalupe), em Braga, em 1403 já tinha uma centena de irmãos. Todas as cidades e vilas do reino realizavam com brilho a mais espantosa das procissões.

A procissão dava lugar a representações, como se conhece no tempo de D. Manuel. As manifestações teatrais e os jogos de danças que se juntaram aos cortejos solenes davam lugar a abusos, que foram controlados por determinações diocesanas.

A partir do final do século XV assistiu-se a uma vaga de fundo de ordenação e moralização das procissões católicas que atingiu acima de todas a do Corpus Christi, que na apresentação das diferentes corporações de mesteres ou determinados ofícios acabava por denotar a vida do concelhomas provocava crescimentos espetaculares de representatividade que procuravam fazer chamadas de atenção sobre o poder, económico em primeiro lugar, de alguns dos participantes.

As proibições desta procissão concelhio-religiosa foram muitas e atingiram sobretudo os seus elementos festivaleiros, como o São Jorge, o seu alferes, cavalo e sela, o Dragão, Serpe ou Conca, as danças e folias variadas.

Além da particular exaltação eucarística na Quinta-feira Santa, os acontecimentos mais atribulados da vida social e política e ocasiões de profanações sacrílegas proporcionavam solenes e emotivos atos de desagravo. João Marques sublinha o momento da Restauração como particularmente propício ao recurso do imaginário eucarístico nos sermões e nas narrações de atos litúrgicos. Unia-se a defesa da pátria à comunhão eucarística.

Esta sensibilidade foi contrariada pela separação da Igreja do Estado e pelas orientações do concílio plenário (1926), que conseguiram reduzir a procissão ao meramente religioso e nalguns lugares levaram mesmo à sua suspensão.

Lisboa, 1908, com a presença do rei D. Manuel II

Confrarias do Santíssimo Sacramento

Conhecem-se entre nós, desde meados do século XV, as confrarias do Santíssimo Sacramento. O compromisso da existente na freguesia de Castro (Ponte da Barca) data de 1457.

Para reagir ao abandono a que se viam destinados tantos sacrários sem veneração, alguns devotos decidiram criar, no convento dominicano de Santa Maria Sopra Minerva (Roma) uma confraria destinada ao culto do Santíssimo Sacramento, com diversos gestos e ações. O papa Paulo III aprovaria esta piedade para toda a Igreja em 30.11.1539. Vários opúsculos espalharam pelo mundo a mesma devoção.

Os testemunhos portugueses são também precoces. Faculdades para criar congéneres são concedidas pelo papado ao cardeal D. Henrique, para Braga (1540) e para Évora, pouco depois.

Caminha

O alastrar da instituição é rápido durante o século XVI e sofre incremento tridentino (Concílio de Trento). Aos poucos todas as igrejas erigiram estas associações. Foram fundamentais para preservar muito património e zelar pela beleza dos espaços. O ímpeto lançado no povo católico à volta do culto eucarístico é fulgurante de realizações piedosas.

Passadeira para a passagem, da procissão do Corpo de Deus

Liturgia da Palavra

A liturgia da Palavra é o momento de ouvirmos o Senhor falar. O missal afirma que "Nas leituras, comentadas pela homilia, Deus fala ao seu povo, revela-lhe o mistério da redenção e salvação e oferece-lhe o alimento espiritual. Pela sua palavra, o próprio Cristo está presente no meio dos fiéis". Devemos participar deste momento com total silêncio, reverência e atenção, pois através dos leitores e do sacerdote, Deus está falando aos nossos corações, clamando pela nossa conversão. Neste momento não é apenas uma releitura de algo passado, mas as escrituras ganham vida e se tornam presentes.

A liturgia da palavra se divide em partes: Primeira leitura, geralmente do Antigo Testamento; um salmo de reflexão que responde à leitura feita; aos domingos e solenidades também há uma segunda leitura do Novo Testamento. O ápice da liturgia da palavra e com toda a solenidade e reverência à leitura dos Santos Evangelhos. Nele, o padre ou diácono, é o próprio Cristo que fala com seu povo, que explicam as leituras através da homilia.

O povo faz sua parte desta palavra divina com o silêncio e com os cânticos e a ela adere com a profissão de fé. Assim alimentado, eleva a Deus as suas preces na oração universal pelas necessidades de toda a Igreja e pela salvação do mundo inteiro.

Liturgia Eucarística

A liturgia Eucarística é a parte principal da missa, onde o padre, pelo poder do Espírito, torna presente o sacrifício da cruz do Senhor. A partir do ofertório entramos no calvário do Senhor, estamos aos pés da cruz implorando ao Pai e oferecendo à Ele os méritos da morte, ressurreição e ascensão de Cristo.

O Ofertório

No ofertório são levados ao altar pão e vinho, os mesmos elementos que o Senhor usou na última ceia e o que ele afirmou que ele mesmo era o pão da vida e que o vinho era o seu sangue, sangue da nova e eterna aliança.

O missal ainda diz que o "sacerdote pode incensar os dons colocados sobre o altar, depois a cruz e o próprio altar. Deste modo se pretende significar que a oblação e oração da Igreja se elevam, como fumo de incenso, à presença de Deus... Depostas as oblatas sobre o altar e realizados os ritos concomitantes, o sacerdote convida os fiéis a orar juntamente consigo e recita a oração sobre as oblatas. Assim termina a preparação dos dons e tudo está preparado para a Oração eucarística".

Oração Eucarística

A oração eucarística é o momento mais grave da Santa Missa, onde o sacerdote traz Deus para nós. Depostas as oblatas sobre o altar e realizados os ritos concomitantes, o sacerdote convida os fiéis a orar juntamente consigo e recita a oração sobre as oblatas. Assim termina a preparação dos dons e tudo está preparado para a Oração eucarística.

Nela, através de Cristo que se dá por nós, mergulhamos no mistério da Santíssima Trindade, mistério da nossa salvação: "A oração eucarística é o centro e ápice de toda celebração, é prece de ação de graças e santificação. O sacerdote convida o povo a elevar os corações ao Senhor na oração e na ação de graças e o associa à prece que dirige a Deus Pai por Jesus Cristo em nome de toda comunidade. O sentido desta oração é que toda a assembleia se una com Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício" (IGMR 54).

Há várias orações eucarísticas, quatro principais e outras dez para diversas ocasiões e necessidades Ela está dividida em:

  • a) Ação de graças: é o louvor à Deus expresso principalmente no prefacio.
  • b) Aclamação: onde o povo canta o Sanctus.
  • c) Epiclese: onde o sacerdote invoca o poder do Espírito Santo sobre as oferendas.
  • d) Narração da instituição e consagração: pela ação do Espírito, e através das palavras de consagração, o que era pão deixa de ser pão e o que era vinho deixa de ser vinho e se tornam o corpo e o sangue de Cristo.
  • e) Anamnese: em obediência a este mandato, recebido de Cristo Senhor através dos Apóstolos, a Igreja celebra a memória do mesmo Cristo, recordando de modo particular a sua bem-aventurada paixão, gloriosa ressurreição e ascensão aos Céus.
  • f) Oblação: neste memorial, a Igreja, de modo especial aquela que nesse momento e nesse lugar está reunida, oferece a Deus Pai, no Espírito Santo, a hóstia imaculada.
  • g) Intercessões: A igreja levanta ao Pai seu clamor, através do sacrifício de Cristo.
  • h) Doxologia: é onde se exprime a glorificação de Deus e é ratificada e concluída pela aclamação Amem do povo.

Rito da Comunhão

É a preparação para o banquete do Cordeiro. "A celebração eucarística é um banquete pascal. Convém, por isso, que os fiéis, devidamente preparados, nela recebam, segundo o mandato do Senhor, o seu Corpo e Sangue como alimento espiritual. É esta a finalidade da fração e dos outros ritos preparatórios, que dispõem os fiéis, de forma mais imediata, para a Comunhão". Ela está dividida em Oração Dominical, Rito da Paz, Fração do Pão e comunhão.

A Oração dominical é um grande momento de oração dentro da Santa Missa, nela, suplicamos ao Pai com a oração perfeita, feita e ensinada pelo próprio Senhor. Ao contrário dos outros momentos, a oração do "Pai-nosso", na missa, não é concluída pelo Amém.

O Rito da Paz "no qual a Igreja implora a paz e a unidade para si própria e para toda a família humana, e os féis exprimem uns aos outros a comunhão eclesial e a caridade mútua, antes de comungarem no Sacramento". Neste momento não podemos perder o foco e cumprimentar os mais próximos a nós de maneira ordeira e ainda em profunda reverência ao Senhor que está sobre o altar.

A fração do Pão é feita acompanhada do "Agnus Dei". Esse canto é o mesmo feito pelos eleitos no Apocalipse, o que exprime a profunda comunhão entre a Igreja triunfante com a Igreja militante. A fração do Pão significa que todos os fiéis, apesar de muitos são e participam do mesmo corpo.

A comunhão é o momento sagrado de consumação do Sacrifício, através dela cumpre-se a promessa de Nosso Senhor no Evangelho de São João: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo." (Jo 6,51). Para receberem o precioso Corpo e Sangue do Senhor, os fiéis devem exprimir um ato de adoração antes de fazê-lo: ou uma reverência, ou uma genuflexão ou recebem o Senhor de joelhos, como já se faz por tradição antiquíssima. A comunhão na mão também é possível, mas deve-se ter muito cuidado para não deixar que nenhum fragmento caia no chão. É muito salutar receber a Eucaristia, ajoelhado e na boca, para evitar que qualquer fragmento se perca.

"Para completar a oração do povo de Deus e concluir todo o rito da Comunhão, o sacerdote diz a oração depois da Comunhão, na qual implora os frutos do mistério celebrado."

No Rito de conclusão nós encontramos:

  • Notícias breves, se forem necessárias;
  • Saudação e bênção do sacerdote, a qual, em certos dias e em ocasiões especiais, é enriquecida e amplificada com uma oração sobre o povo ou com outra fórmula mais solene de bênção.
  • Despedida da assembleia, feita pelo diácono ou sacerdote;

https://pt.churchpop.com/vivendo-santa-missa-parte-por-parte/

A Santa Missa parte por parte 

Capítulo I

Para melhor participarmos da Santa Missa devemos conhecer minimamente suas partes, que são apenas três: Ritos Iniciais, Liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística.

Vamos conhecer a missa para melhor adorarmos a Deus?!

Ritos Iniciais

Os ritos iniciais dividem-se em cinco momentos: a entrada, o ato penitencial, Kyrie, o glória e a oração de coleta.

Entrada

A entrada inicia-se com o cântico de entrada ou a antífona. O Missal diz que "a finalidade deste cântico é dar início à celebração, favorecer a união dos fiéis reunidos e introduzi-los no mistério do tempo litúrgico ou da festa, e ao mesmo tempo acompanhar a procissão de entrada do sacerdote e dos ministros". É acolher o Cristo, Rei da Glória, que entra triunfante, e ao mesmo tempo é o Senhor carregando sua cruz para o calvário na pessoa do sacerdote.

Ato penitencial

Para participarmos dignamente dos Santos Mistérios, devemos pedir perdão a Deus por todas as nossas faltas, com três possibilidades de formulários para tal. Após o Ato penitencial, canta-se o Kyrie Eleison, é um termo grego que significa "Senhor, piedade de nós". Trata-se de um canto onde os fiéis aclamam o poderio de Deus e imploram sua misericórdia, é normalmente executado por todos, em forma alternada entre o povo e o coro ou um cantor.

Não se pode modificar este texto por nada, nenhum outro canto pode ser entoado. Exceto em caso de aspersão, o canto deve ter tais palavras. Que seja valorizado o canto em grego (Kyrie Eleison), pois é a última parte da missa que ainda está na missa celebrada pelos Apóstolos.


Glória a Deus

"O Glória é um antiquíssimo e venerável hino com que a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. Não é permitido substituir o texto deste hino por outro." - diz a instrução geral do Missal Romano. O glória é o momento de reconhecer a divindade, o poder, a majestade de Deus e do Cordeiro Imolado, tudo isso no Espírito Santo.

Canta-se ou recita-se nos domingos fora do Advento e da Quaresma, bem como nas solenidades e festas, e em particulares celebrações mais solenes.

Oração de Coleta

Concluindo os ritos iniciais temos a oração de coleta. Nesta oração o sacerdote recolhe as intenções nos corações dos fiéis e no dele mesmo, e unido aos da Igreja, que será oferecida ao Pai. Então o sacerdote diz a oração que se chama "coleta", pela qual se exprime o carácter da celebração.

COMO DEVEMOS COMUNGAR, RECEBER A EUCARISTIA

 Como devemos comungar e assim receber a Eucaristia? É necessário saber que existem algumas normas. Estas normas buscam manter o devido respeito a Hóstia Santa.

Receber Jesus no Santíssimo Sacramento é sem dúvida o maior tesouro que Jesus poderia ter-nos deixado. Sabendo que, é de fato o Senhor que recebemos no Pão Consagrado, não podemos recebê-lo de qualquer maneira.

DEVEMOS COMUNGAR DE QUE FORMA?

Antes de mais nada existe uma informação que você precisa saber, que se resume em "VOCÊ TEM O DIREITO DE ESCOLHER". Isto mesmo, você pode escolher a forma como comungar.

As normas administrativas da Igreja se concentram basicamente no Redemptionis Sacramentum. Havendo também outras prescrições no Catecismo da Igreja Católica.

 Logo, são prescrições do Sagrado Magistério da Igreja. Estas informações básicas, devem ser observadas por todos os catequistas.

As formas de receber a comunhão, muitas vezes são esquecidas ou mesmo negligenciadas pelos fiéis e também por catequistas. Porem, precisamos nos atentar para esta importância no trato com a Hóstia Santa.

RECEBER A COMUNHÃO

O Redemptionis Sacramentum é uma instrução, ou seja um documento, da Congregação Para o Culto Divino E a Disciplina para os Sacramentos, que por sua vez cuida das questões relacionadas a Liturgia e os Sacramentos.

Esta instrução traz as orientações e normas para que nós fieis leigos e também para os sacerdotes, assim possam administrar a Eucaristia na Santa Missa.

[91.] Na distribuição da sagrada Comunhão se deve recordar que «os ministros sagrados não podem negar os sacramentos a quem os pedem de modo oportuno, e estejam bem dispostos e que não lhes seja proibido o direito de receber». Por conseguinte, qualquer batizado católico, a quem o direito não o proíba, deve ser admitido à sagrada Comunhão. Assim pois, não é lícito negar a sagrada Comunhão a um fiel, por exemplo, só pelo fato de querer receber a Eucaristia ajoelhado ou de pé.

desejamos comungar. Comungar de joelhos é uma pática que mostra uma total reverência ao Jesus. No entanto isto não deve ser imposto, mas pode ser incentivado de maneira catequética.

O DIREITO DE COMUNGAR DA FORMA QUE LHE FOR MELHOR

Para sabermos como de fato devemos comungar, a instrução Redemptionis Sacramentum salienta novamente no parágrafo 92 o direito de comungar na mão ou de joelhos.

[92.] Todo fiel tem sempre direito a escolher se deseja receber a sagrada Comunhão na boca ou se, o que vai comungar, quer receber na mão o Sacramento. Nos lugares aonde Conferência de Bispos o haja permitido, com a confirmação da Sé apostólica, deve-se lhe administrar a sagrada hóstia. Sem dúvida, ponha-se especial cuidado em que o comungante consuma imediatamente a hóstia, na frente do ministro, e ninguém se desloque (retorne) tendo na mão as espécies eucarísticas. Se existe perigo de profanação, não se distribua aos fiéis a Comunhão na mão.

Porém observe que, a instrução permite que a conferência dos Bispos possa decidir também como nós devemos comungar, porém sem impedir a escolha do fiel, como previsto no paragrafo 91.

Outra notação de extrema importância no paragrafo 92 é que, havendo perigo de profanação, a Hóstia deverá ser distribuída para comungar direto na boca.

 Há que se considerar também, que em algumas dioceses há a comunhão em duas espécies. Neste caso a comunhão, também deveria ser distribuída na boca do comungante.

OBSERVAÇÃO PARA A COMUNHÃO

Nós do rito latino, expressamos uma sensibilidade na presença de Jesus Eucarístico, então, mesmo que você não vá ajoelhar para receber a comunhão, poderia ao menos se inclinar antes de receber a comunhão.

Também, se for receber na mão, coloque a mão esquerda em cima da direita, faça da sua mão esquerda algo como um trono ou uma manjedoura para que a Hóstia seja repousada. E assim, pegue com mão direita e eleve até a boca. Comungue sempre na frente do ministro ou do padre.

Como católico, devemos ter a maior compreensão, adoração e respeito para com a Eucaristia. Se você for um catequista, use de tempo, tanto quanto for necessário para instruir seus catequizandos sobre a Comunhão.

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