Momentos de reflexão com o Papa Francisco

Papa Francisco

O Pai Nosso não é uma oração a mais, é a oração dos filhos de Deus

Papa Francisco

O Papa Francisco afirmou, durante a catequese pronunciada na Audiência geral desta quarta-feira, 14 de março, que o Pai Nosso não é uma simples oração a mais e recordou sua centralidade na vida cristã por ser a oração dos filhos de Deus.

O Santo Padre continuou com as catequeses sobre a Santa Missa e, nesta ocasião, centralizou-se na oração do Pai Nosso e na fração do pão.

Sobre o Pai Nosso, explicou que "esta não é uma de tantas orações cristãs, mas é a oração dos filhos de Deus. De fato, entregue a nós no dia do nosso Batismo, o Pai Nosso faz ressoar em nós os mesmos sentimentos de Jesus Cristo".

"Formados em seu divino ensinamento, ousamos a nos dirigirmos a Deus chamando-o de Pai, porque fomos renascidos como seus filhos através da água e do Espírito Santo. Ninguém, na verdade, poderia chamá-lo familiarmente 'Abba' sem ter sido engendrado por Deus, sem a inspiração do Espírito Santo".

Francisco explicou que a melhor forma de se preparar para receber a Comunhão é rezando o Pai Nosso. "Qual oração é melhor do que a ensinada por Jesus para se preparar para a Comunhão sacramental com Ele?".

"Além da Missa, o Pai Nosso se reza de manhã e à noite nas Laudes e nas Vésperas, de tal modo que o comportamento filial para com Deus e de fraternidade para com o próximo contribuam para dar forma cristã aos nossos dias".

Em seguida, explicou o significado desta oração. Assim, assinalou que "o pão de cada dia" se refere ao Pão Eucarístico, "do qual temos necessidade para viver como filhos de Deus".

Por outro lado, "também imploramos a remissão de nossos pecados, e para sermos dignos de receber o perdão de Deus nos comprometemos em perdoar a quem nos ofendeu". Assim, "quando se abre o coração a Deus, o Pai Nosso nos predispõe também ao amor fraterno".

Por último, "pedimos ainda a Deus que nos livre do mal, que nos separa dele e nos divide de nossos irmãos".

O Pontífice afirmou que, "o que pedimos no Pai Nosso é prolongado pela oração do sacerdote, que em nome de todos suplica : 'Livra-nos Senhor de todo o mal e concede a paz aos nossos dias'".

Despois, este pedido "recebe um selo no rito da paz: em primeiro lugar, pede-se a Cristo que o dom da paz faça crescer a Igreja na unidade e na paz, segundo sua vontade".

"No Rito romano, a troca do sinal da paz, colocado desde a antiguidade antes da Comunhão, está ordenado à Comunhão Eucarística. Segundo a advertência de São Paulo, não é possível comunicar ao único Pão que nos torna um só Corpo em Cristo, sem reconhecer-se pacificados pelo amor fraterno. A paz de cristo não pode arraigar-se em um coração incapaz de viver a fraternidade e de recompô-la depois de tê-la ferido".

Após o rito da paz, vem a fração do Pão. "A fração do Pão Eucarístico vem acompanhada da invocação do Cordeiro de Deus, figura com a qual João Batismo assinalou Jesus como 'aquele que tira o pecado do mundo'. A imagem bíblica do cordeiro fala da redenção".

O Papa Francisco finalizou: "No Pão Eucarístico, partido pela vida do mundo, a assembleia orante reconhece o verdadeiro Cordeiro de Deus, ou seja, o Cristo Redentor, e suplica a ele: 'Tende piedade de nós... dai-nos a paz'".

É difícil perdoar quem te ofendeu? O Papa diz o que fazer

Como é difícil perdoar quem nos ofendeu! Foi o que disse o Papa Francisco improvisando durante a catequese desta quarta-feira na Audiência Geral na Praça de São Pedro.

Ao falar da oração do Pai Nosso na Missa, o Papa fez a seguinte reflexão: "Para sermos dignos de receber o perdão de Deus nos comprometemos em perdoar a quem nos ofendeu. E isso não é fácil. Perdoar as pessoas que nos ofenderam não é fácil, é uma graça que devemos pedir: 'Senhor, ensina-me a perdoar como vos mesmo me perdoastes'. É uma graça, com as nossas forças, nós não podemos".

Francisco acrescentou que, "assim, quando se abre o coração a Deus, o Pai Nosso nos predispõe também ao amor fraterno. Enfim, pedimos ainda a Deus que nos livre do mal que nos separa dele e nos divide de nossos irmãos".

"Compreendamos bem que esses são pedidos muito convenientes para nos prepararmos para a Santa Comunhão".

Quer que Deus perdoe teus pecados? Papa recorda esta condição

O Papa Francisco recordou que Deus sempre perdoa os pecados quando se procura o sacramento da penitência, entretanto, assinalou essa condição para que o perdão seja efetivo: "Para ser perdoado, você deve perdoar os outros".

Na homilia, o Santo Padre refletiu sobre o perdão. Para isso, mencionou a primeira leitura do dia, extraída do Livro de Daniel, na qual é narrado o episódio de Azarias que, lançado ao fogo por não ter renegado o Senhor, professa a grandeza de Deus: "Tu sempre nos salvastes, mas infelizmente pecamos".

Francisco destacou que Azarias acusa o seu povo dos males que sofre: "A acusação de nós mesmos é o primeiro passo rumo ao perdão".

"Acusar a si mesmos é parte da sabedoria cristã; não acusar os outros, não... A si mesmos. Eu pequei. E quando nós nos aproximamos do sacramento da penitência, ter isto em mente: Deus é grande e nos deu tantas coisas e infelizmente eu pequei, eu ofendi o Senhor e peço salvação".

Em seguida, o Pontífice citou a história de uma senhora que no confessionário contava os pecados da sogra, tentando se justificar, até que o sacerdote lhe disse: "Tudo bem, agora confesse os próprios pecados".

Confessar os pecados "agrada o Senhor, porque o Senhor recebe o coração contrito porque é como de Azarias, 'não se sentirá frustrado quem põe em ti sua confiança', o coração contrito que diz a verdade ao Senhor: 'Eu fiz isso, Senhor. Pequei contra Ti'. O Senhor lhe tapa a boca, como o pai ao filho pródigo; não o deixa falar. O seu amor o cobre. Perdoa tudo".

Por isso, o Papa Francisco convidou a não ter vergonha de dizer os próprios pecados porque é o Senhor que nos perdoa sempre, embora haja uma condição: "O perdão de Deus vem forte em nós desde que nós perdoemos os outros".

"E isso não é fácil - sublinhou -, porque o rancor se aninha em nosso coração e sempre existe aquela amargura. Muitas vezes, carregamos connosco a lista das coisas que me fizeram: 'Esta pessoa me fez isto, fez aquilo, fez aquilo outro...'".

Ao concluir, o Papa advertiu para não se deixar escravizar pelo ódio: "Essas são as duas coisas que nos ajudarão a entender o caminho do perdão: 'O Senhor é grande, mas infelizmente eu pequei' e 'Sim, eu o perdoo setenta vezes sete desde que você perdoe os outros'".

Leitura comentada pelo Papa Francisco:

Dn 3,25.34-43

Naqueles dias, 25Azarias parou e, de pé, começou a rezar; abrindo a boca no meio do fogo, disse: 34"Oh! Não nos desampares nunca, nós te pedimos, por teu nome, não desfaças tua aliança 35nem retires de nós tua benevolência, por Abraão, teu amigo, por Isaac, teu servo, e por Israel, teu Santo, 36aos quais prometeste multiplicar a descendência como estrelas do céu e como areia que está na beira do mar.

37Senhor, estamos hoje reduzidos ao menor de todos os povos, somos hoje o mais humilde em toda a terra, por causa de nossos pecados; 38neste tempo estamos sem chefes, sem profetas, sem guia, não há holocausto nem sacrifício, não há oblação nem incenso, não há um lugar para oferecermos em tua presença as primícias, e encontrarmos benevolência; 39mas, de alma contrita e em espírito de humildade, sejamos acolhidos, e como nos holocaustos de carneiros e touros 40e como nos sacrifícios de milhares de cordeiros gordos, assim se efetue hoje nosso sacrifício em tua presença, e tu faças com que te sigamos até o fim; não se sentirá frustrado quem põe em ti sua confiança.

41De agora em diante, queremos, de todo o coração, seguir-te, temer-te, buscar tua face; 42não nos deixes confundidos, mas trata-nos segundo a tua clemência e segundo a tua imensa misericórdia; 43liberta-nos com o poder de tuas maravilhas e torna teu nome glorificado, Senhor".

Papa Francisco incentiva a se confessar na Quaresma: Jesus não ameaça, perdoa

VATICANO, 27 Fev. 18 / 10:00 am (ACI).- Na Missa celebrada na Casa Santa Marta na manhã de hoje, o Papa Francisco incentivou a confissão para viver a Quaresma a partir da conversão.

O Santo Padre explicou que a atitude de Jesus em relação aos pecados é um verdadeiro chamado à conversão: "Ele não ameaça, mas chama com doçura, dando confiança".

Nesse sentido, recordou as palavras do Senhor aos chefes de Sodoma e ao povo de Gomorra na primeira Leitura do dia, do Livro do profeta Isaías: "Venha, conversemos".

"O Senhor diz: 'Venha, Venha e debatamos. Falemos um pouco'. Não nos assusta. É como o pai do filho adolescente que fez uma bobagem e deve repreendê-lo. E sabe que se vai com o bastão a coisa não acabará bem, deve então agir com confiança".

Nesta passagem bíblica, o Senhor "nos chama assim: 'Venha. Tomemos um café juntos. Debatamos, discutamos. Não tenha medo, não quero agredi-lo'. E como sabe que o filho pensa: 'Mas eu fiz coisas...' - Imediatamente: 'Ainda que os seus pecados fossem como escarlate, tornar-se-ão brancos como a neve. Se fossem vermelhos como púrpura, tornar-se-ão como lã'".

O Pontífice explicou que Jesus age com o povo pecador da mesma maneira do pai com o filho adolescente, agindo com confiança, porque "um gesto de confiança aproxima ao perdão e muda o coração".

Por esta razão, pediu agradecer ao Senhor "pela sua bondade. Ele não quer nos agredir e nos condenar. Deu a sua vida por nós e esta é a sua bondade. E sempre busca o modo de chegar ao coração. E quando nós sacerdotes, no lugar do Senhor, devemos ouvir as confissões, também nós devemos ter esta atitude de bondade, como diz o Senhor: 'Venham, debatamos, não há problema, o perdão existe', e não a ameaça".

Nesse sentido, assinalou: "Ajuda-me ver esta atitude do Senhor: o pai com o filho que se acha grande, que se acha crescido e ainda está no meio do caminho. E o Senhor sabe que todos nós estamos na metade do caminho e tantas vezes temos necessidade disto, de ouvir esta palavra: 'Mas venha, não se assuste, vem. O perdão existe'. E isto nos encoraja".

Ao concluir, exortou a "ir ao Senhor com o coração aberto: é o pai que nos espera".

Leitura comentada pelo Papa Francisco:

Is 1,10.16-20

10Ouvi a palavra do Senhor, magistrados de Sodoma, prestai ouvidos ao ensinamento do nosso Deus, povo de Gomorra. 16Lavai-vos, purificai-vos. Tirai a maldade de vossas ações de minha frente. Deixai de fazer o mal! 17Aprendei a fazer o bem! Procurai o direito, corrigi o opressor. Julgai a causa do órfão, defendei a viúva. 18Vinde, debatamos - diz o Senhor. Ainda que vossos pecados sejam como púrpura, tornar-se-ão brancos como a neve. Se forem vermelhos como o carmesim, tornar-se-ão como lã. 19Se consentirdes em obedecer, comereis as coisas boas da terra. 20Mas se recusardes e vos rebelardes, pela espada sereis devorados, porque a boca do Senhor falou!

Papa Francisco pede não julgar os demais: "Deus é o único juiz"

VATICANO, 26 Fev. 18 / 10:00 am (ACI).- O Papa Francisco recordou que Deus é o único juiz e que, portanto, não corresponde às pessoas julgar os outros. Insistiu que o julgamento divino é muito diferente do humano e que é baseado na misericórdia.

Na homilia da Missa celebrada na Casa Santa Marta na manhã de hoje, o Santo Padre recordou que "Deus é o único juiz" e, portanto, Ele é responsável por julgar as pessoas. "Não julgues e não sereis julgados", disse referindo-se às palavras do Evangelho.

"Julgar os outros é algo feio, porque o único juiz é o Senhor", afirmou. "Nas reuniões que nós temos, um almoço, o que quer que seja, pensemos em duas horas de duração: dessas duas horas, quantos minutos foram usados para julgar os outros?".

Pelo contrário, convidou a ser misericordiosos. "Sejam misericordiosos como o Pai é misericordioso. E mais: sejam generosos. Dai e vos será dado. O que me será dado? Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante. A abundância da generosidade do Senhor, quando nós seremos plenos da abundância da nossa misericórdia".

O Pontífice destacou que a justiça de Deus não é como a justiça humana, pois se fundamenta na misericórdia. "E nós sabemos que a justiça de Deus é misericórdia. Mas é preciso dizê-lo: 'A Ti convém a justiça; a nós, a vergonha'. E quando se encontra a justiça de Deus com a nossa vergonha, ali está o perdão".

Nesse sentido, convidou a perguntar-se : "Eu creio que pequei contra o Senhor? Eu acredito que o Senhor é justo? Eu acredito que é misericordioso? Eu me vergonho diante de Deus, de ser pecador? Tão simples: a Ti a justiça, a mim a vergonha". Por isso exortou a "pedir a graça da vergonha".

"A vergonha é uma grande graça", explicou. Assim "recordamos a atitude em relação ao próximo, recordar que com a medida com a qual julgo serei julgado. Não devo julgar. E se digo algo sobre o outro, que seja generosamente, com muita misericórdia. A atitude diante de Deus, este diálogo essencial: 'A Ti a justiça, a mim a vergonha'", concluiu.

Evangelho comentado pelo Papa Francisco:

Lc 6,36-38

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 36"Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. 37Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. 38Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos".

O que é a transfiguração de Jesus? Papa Francisco explica

VATICANO, 25 Fev. 18 / 12:00 pm (ACI).- Antes da oração do Ângelus na manhã de hoje, na Praça de São Pedro, o Papa Francisco explicou o que significou a transfiguração de Jesus diante dos seus discípulos um pouco antes da Paixão.

O Evangelho do Segundo Domingo da Quaresma, nos convida a contemplar a transfiguração de Jesus. "O episódio da transfiguração deve ser relacionado com o que acontecera seis dias antes, quando Jesus tinha revelado aos seus discípulos que em Jerusalém deveria "sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos escribas, ser morto e, após três dias, ressurgir".

O anúncio da Paixão e Ressurreição "deixou em crise Pedro e todo o grupo dos discípulos, que rechaçavam a ideia de que Jesus fosse rechaçado pelos chefes do povo e depois assassinado".

De fato, "eles esperavam um Messias poderoso, forte, dominador, ao invés, Jesus se apresenta como humilde, manso, servo de Deus, servo dos homens, que deverá dar a sua vida em sacrifício, passando pelo caminho da perseguição, do sofrimento e da morte".

"Mas, como seguir um Mestre e Messias cuja vicissitude terrena se concluiria daquele modo? E a resposta chega justamente da transfiguração: uma aparição pascal antecipada".

"A transfiguração ajuda os discípulos, e também nós, a entender que a paixão de Cristo é um mistério de sofrimento, mas é, sobretudo, um dom de amor, de amor infinito da parte de Jesus".

O evento de Jesus que se transfigura no monte, "nos faz compreender melhor também a sua ressurreição. Se antes da Paixão não se tivesse revelado na transfiguração com a declaração de Deus: 'Este é o meu Filho amado', a Ressurreição e do mistério pascal de Jesus não teria sido facilmente compreendida em toda a sua profundidade".

"Para entender o mistério da Cruz é necessário saber antecipadamente que Aquele que sofre e que é glorificado não é somente um homem, mas é o Filho de Deus, que com seu amor fiel até a morte nos salvou".

Deste modo, "o Pai renova assim sua declaração messiânica sobre o Filho, já feita às margens do Jordão após o batismo, e exorta: 'Escutai-o!'. Os discípulos são chamados a seguir o Mestre com confiança e com esperança, apesar da sua morte".

A divindade de Jesus "deve manifestar-se propriamente na cruz, propriamente em seu morrer daquele modo. Tanto que o evangelista Marcos coloca na boca do centurião a profissão de fé: 'Verdadeiramente este homem era Filho de Deus!'".

"Esta revelação da divindade de Jesus aconteceu no monte, que na Bíblia é o lugar emblemático onde Deus se revela ao homem. É necessário, especialmente no tempo da Quaresma, subir com Jesus ao monte e permanecer com ele, prestar mais atenção à voz de Deus e deixar-se transformar pelo Espírito", concluiu.

Papa em Santa Marta: "Só o Senhor pode nos dar a paz no meio das tribulações"

"O mundo ensina o caminho da paz com a anestesia"

(ZENIT -Roma, 16 Maio 2017).- "Uma paz sem Cruz não é a paz de Jesus". O afirmou o Papa Francisco na missa desta terça-feira na Casa Santa Marta. E lembrou que "só o Senhor pode nos dar a paz no meio das tribulações".

Francisco desenvolveu a sua homilia, partindo das palavras de Jesus aos seus discípulos na Última Ceia "Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz". Os Atos dos Apóstolos da Primeira Leitura de hoje fala das muitas tribulações sofridas por Paulo e Barnabé em suas viagens para proclamar o Evangelho. "Esta é a paz que Jesus dá?", e em seguida o Papa observou que a paz que Ele dá não é aquela que o mundo dá.

"A paz que nos dá o mundo é uma paz sem tribulações; oferece-nos uma paz artificial" uma paz que se reduz à "tranquilidade". É uma paz, "que somente olha para seus próprios interesses, suas próprias certezas, que não falte nada", um pouco como era a paz do homem rico. Uma tranquilidade que nos torna "fechados", que não se vê "além":

"O mundo nos ensina o caminho da paz com a anestesia: nos anestesia para não ver outra realidade da vida: a Cruz. Por isso Paulo diz que se deve entrar no Reino dos céus através do caminho com tantas tribulações. Mas se pode ter paz na tribulação? De nossa parte, não: nós não somos capazes de fazer uma paz de tranquilidade, uma paz psicológica, uma paz feita por nós porque há tribulações: há quem tenha uma dor, uma doença, uma morte ... existem".

2A paz que Jesus dá é um presente: é um dom do Espírito Santo. E esta paz está no meio das tribulações e segue em frente. Não é uma espécie de estoicismo, o que faz o faquir: não. É outra coisa".

A paz de Deus, é "um dom que nos faz seguir em frente". Jesus, depois de ter dado a paz aos discípulos, sofre no Jardim das Oliveiras e ali "oferece tudo à vontade do Pai e sofre, mas não falta o consolo de Deus". O Evangelho, de fato, narra que "lhe apareceu um anjo do céu para consolá-lo".

"A paz de Deus é uma paz real, que está na realidade da vida, que não nega a vida: a vida é assim. Há sofrimento, há os doentes, há tantas coisas ruins, há guerras... mas a paz de dentro, que é um dom, não se perde, mas se vai em frente carregando a Cruz e o sofrimento. Uma paz sem Cruz não é a paz de Jesus: é uma paz que se pode comprar. Podemos fabricá-la nós mesmos. Mas não é duradoura: termina".

O Papa precisou que quando alguém fica com raiva "perde a paz". Quando meu coração "fica turbado acrescentou é porque não está aberto à paz de Jesus", porque eu não sou capaz de "levar a vida como ela vem, com as cruzes e as dores que vêm". Em vez disso, devemos ser capazes de pedir a graça, de pedir ao Senhor a Sua paz. O Senhor nos faça compreender como é esta paz que Ele nos dá com o Espírito Santo"

Adorar em silêncio? Um "caminho" difícil mas necessário, segundo o Papa

VATICANO, 05 Fev. 18 / 08:47 am (ACI).- Na homilia da Missa que celebrou na manhã de hoje na capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco destacou a importância de adorar em silêncio e reconheceu que em muitas ocasiões os bispos são incapazes de ensinar aos fiéis.

Assim como no Ângelus dominical, o Pontífice pediu uma Igreja em "caminho", longe do que é uma "planície". Comentando as leituras da liturgia do dia, explicou que o povo de Israel carregava "a memória da eleição".

Mas "não como este povo tinha aprendido dos escribas", que a tinham "barroquizada", tornaram-na barroca "com tantas prescrições". "A Aliança nua: eu o amo e você me ama", disse o Papa.

Sobre a adoração do povo de Israel, destacou os "sacrifícios que faziam no caminho em subida ao silêncio, à humilhação da adoração".

"Muitas vezes penso que nós não ensinamos o nosso povo a adorar", disse aos que acompanhavam a Missa.

"Sim, nós os ensinamos a rezar, a cantar, a louvar a Deus, mas a adorar.... A oração de adoração, esta que nos prostra sem nos prostrar: a prostração da adoração nos dá nobreza e grandeza".

"E aproveito, hoje, vocês, com tantos párocos de recente nomeação, para dizer: Ensinem o povo a adorar em silêncio, adorar".

"Nós somente podemos chegar lá com a memória de termos sido eleitos, de ter dentro do coração uma promessa que nos impele a seguir e com a aliança nas mãos e no coração. E sempre em caminho: caminho difícil, caminho em subida, mas em caminho rumo à adoração".

Ao concluir, o Papa sublinhou a atitude de perdão e de escuta que se deve ter. "Nos fará bem hoje, tomar um pouco de tempo em oração, com a memória de nosso caminho, a memória das graças recebidas, a memória da eleição, da promessa, da aliança e procurar se elevar, rumo à adoração, e em meio à adoração, com muita, humildade dizer somente esta pequena oração: 'Escuta e perdoa'".

Leitura comentada pelo Papa:

Primeira leitura (1Rs 8,1-7.9-13)

Naqueles dias, 1Salomão convocou para junto de si, em Jerusalém, todos os anciãos de Israel, todos os chefes das tribos e príncipes das famílias dos filhos de Israel, a fim de transferir da cidade de Sião, que é Jerusalém, a arca da aliança do Senhor.

2Todo o Israel reuniu-se em torno de Salomão, no mês de Etanim, ou seja, no sétimo mês, durante a festa. 3Vieram todos os anciãos de Israel, e os sacerdotes tomaram a arca 4e carregaram-na junto com a tenda da reunião, como também todos os objetos sagrados que nela estavam; quem os carregava eram os sacerdotes e os levitas.

5O rei Salomão e toda a comunidade de Israel, reunida em torno dele, imolavam diante da arca ovelhas e bois em tal quantidade, que não se podia contar nem calcular. 6E os sacerdotes conduziram a arca da aliança do Senhor ao seu lugar, no santuário do templo, ao Santo dos Santos, debaixo das asas dos querubins, 7pois os querubins estendiam suas asas sobre o lugar da arca, cobrindo a arca e seus varais por cima.

9Dentro da arca só havia as duas tábuas de pedra, que Moisés ali tinha deposto no monte Horeb, quando o Senhor concluiu a aliança com os filhos de Israel, logo que saíram da terra do Egito. 10Ora, quando os sacerdotes deixaram o santuário, uma nuvem encheu o templo do Senhor, 11de modo que os sacerdotes não puderam continuar as funções porque a glória do Senhor tinha enchido o templo do Senhor. 12Então Salomão disse: "O Senhor disse que habitaria numa nuvem, 13e eu edifiquei uma casa para tua morada, um templo onde vivas para sempre".

De que adianta ir à Igreja se logo volta a pecar? 

Papa explica 

Por Walter Sanchez Silva


VATICANO, 20 Fev. 18 / 11:06 am (ACI).- O Papa Francisco respondeu à pergunta "De que adiante ir à igreja?", se ao sair dela uma pessoa logo volta a pecar.

Em 19 de Fevereiro, a Santa Sé divulgou o diálogo que o Papa Francisco teve com um grupo de órfãos de Bucareste (Roménia) em 4 de Janeiro, quando um jovem lhe perguntou: "De que adianta ir à igreja?", se ao sair a pessoa volta a pecar.

A reunião aconteceu no Vaticano, onde o Santo Padre respondeu a perguntas realizadas por alguns órfãos. Essas crianças e jovens são assistidos pela ONG de educação.

"Por que a vida é tão difícil e, entre nós amigos brigamos frequentemente? E enganamos uns aos outros? Vocês sacerdotes nos dizem para ir à Igreja, mas imediatamente, quando saímos, erramos e cometemos pecados. Então, por que eu entrei na Igreja? Se eu considero que Deus está na minha alma, por que é importante ir à Igreja?", perguntou um dos órfãos.

Em sua resposta, Francisco disse: "Os seus 'porquês' têm uma resposta: é o pecado, o egoísmo humano: por isso - como você diz - 'muitas vezes brigamos', 'nos machucamos, nos enganamos'. Você mesmo reconheceu isso, que, mesmo indo à igreja, depois erramos novamente, permanecemos sempre pecadores".

"Então, você se pergunta: a que serve ir à igreja? Serve para nos colocarmos diante de Deus como somos, sem 'maquilhagem', assim como somos diante de Deus, sem maquilhagem. Para dizer: 'Aqui estou, Senhor, eu sou um pecador e peço perdão. Tenha piedade de mim'".

Além disso, Francisco afirmou que, "se eu vou à igreja para fingir que sou uma boa pessoa, isso não serve. Se eu vou à igreja porque gosto de ouvir música ou porque me sinto bem, não serve. Serve se no início, quando entro na igreja, posso dizer: 'Aqui estou Senhor. Tu me amas e eu sou um pecador. Tenha piedade de nós'".

Em seguida, o Papa sublinhou que, "se fizermos isso, nós voltamos para casa perdoados. Acariciados por Ele, mais amados por Ele, sentindo essa carícia, esse amor. Assim aos poucos, Deus transforma nosso coração com a sua misericórdia, e também transforma a nossa vida".

"Não ficamos sempre iguais, somos 'trabalhados'. Deus trabalha o nosso coração e somos trabalhados como argila nas mãos do oleiro; e o amor de Deus toma o lugar do nosso egoísmo".

Finalmente, o Papa Francisco sublinhou: "É por isso que creio seja importante ir à igreja: não só olhar para Deus, mas para deixar-se olhar por Ele. É o que penso, obrigado".

Papa convida a lutar contra o maligno e a descartar os egoísmos para vencê-lo

VATICANO, 18 Fev. 18 / 09:14 am (ACI).- Antes de rezar o Ângelus deste domingo, o Papa Francisco fez uma breve explicação sobre as leituras do dia, baseando-se em 3 pilares: as tentações, a conversão e a Boa Nova e recordou que a Quaresma é um tempo propício para lutar contra o maligno.

"Jesus vai ao deserto para se preparar para a sua missão no mundo. Ele não precisa se converter, mas, como homem, deve passar por esta provação, seja para si mesmo, para obedecer a vontade do Pai, seja por nós, para nos dar a graça de vencer as tentações", afirmou.

O Papa assegurou que "esta preparação consiste no combate contra o espírito do mal". "Também para nós, a Quaresma é um tempo de 'agonismo' espiritual de luta espiritual: somos chamados a enfrentar o maligno mediante a oração para ser capazes, com ajuda de Deus, de vencê-lo na nossa vide quotidiana".

"O mal, infelizmente, trabalha em nossa existência e ao nosso redor, onde se manifestam violências, a rejeição ao outro, isolamentos, guerras, injustiças".

Mas, destacou que "rapidamente", depois das tentações, Jesus "começa a pregar a Boa Nova que exige do homem conversão e fé".

"Nunca estamos suficientemente orientados para Deus e devemos continuamente dirigir nossa mente e nosso coração a Ele".

Para fazê-lo, "é preciso ter coragem de rejeitar tudo o que nos desvia do caminho, os falsos valores que nos enganam atraindo de modo sutil o nosso egoísmo". Pelo contrário, "devemos confiar no Senhor, em sua bondade, seu projeto de amor para cada um de nós".

"A Quaresma é um tempo de penitência, mas não de tristeza", assinalou diante de milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro. "é um compromisso alegre e sério para nos desnudarmos do egoísmo, de nosso homem velho, e renovarmo-nos segundo a graça de nosso Batismo".

Ao concluir, Francisco se mostrou convencido de que "só Deus pode nos dar a verdadeira felicidade: é inútil perdermos nosso tempo buscando-a além, nas riquezas, nos prazeres, no poder, na carreira... O Reino de Deus é a realização de todas as nossas aspirações mais profundas e mais autênticas, porque é, ao mesmo tempo, salvação do homem e glória de Deus".

Assim, "neste primeiro domingo da Quaresma, somos convidados a escutar com atenção e acolher este chamado de Jesus a nos convertermos e a crer no Evangelho", sublinhou.

"Jesus nos chama pelo nome" 

(ZENIT - Ciudad del Vaticano, 17 maio 2017).- O Papa Francisco nesta quarta-feira de primavera, fez o costumeiro passeio a bordo do papamóvel descoberto pelos corredores da Praça de São Pedro, cumprimentando os cerca de 20 mil fiéis, antes da catequese sobre a Esperança, entre os quais brasileiros da Bahia, de Fortaleza e Brasília,

O Pontífice deu prosseguimento ao ciclo sobre a esperança no contexto do mistério pascal, falando daquela que, por primeiro, viu Jesus ressuscitado.

Após a sua morte Maria Madalena foi até o sepulcro para completar os ritos fúnebres. Ao chegar, viu que alguém tinha removido a pedra que estava à porta do sepulcro e logo pensou que tivessem roubado o corpo de Jesus.

Este trajeto rumo ao sepulcro espelha a fidelidade de tantas mulheres que são devotas por anos às ruelas dos cemitérios, em memória de alguém que não existe mais.

"Os elos mais autênticos não são interrompidos nem mesmo pela morte: há quem continua a amar mesmo que a pessoa amada tenha ido embora para sempre", disse Francisco

Ela advertiu os discípulos e, em seguida, voltou novamente ao sepulcro com uma dupla tristeza: a morte de Jesus e o desaparecimento de seu corpo. Porém, desta vez, foi surpreendida pelo aparecimento de dois anjos e, finalmente, do próprio Jesus, a quem reconhece quando este a chama pelo nome: Maria!

O Papa disse: "Como é belo pensar que a primeira aparição do Ressuscitado tenha ocorrido de modo assim tão pessoal!". "Tem alguém que nos conhece, que vê o nosso sofrimento e a nossa desilusão, que se comove e nos chama pelo nome. Em volta de Jesus, há muitas pessoas que buscam a Deus; mas a realidade mais prodigiosa é que, muito antes, há um Deus que se preocupa com nossa vida. Cada homem é uma história de amor que Deus escreve sobre esta terra. A cada um de nós Deus chama por nome, nos olha, nos espera, nos perdoa, tem paciência. É verdade ou não?".

A ressurreição de Jesus é uma revolução que transformou a vida de Maria Madalena e transforma a vida de cada um de nós. Uma revolução que não vem como conta-gotas, mas é como uma cascata que se expande por toda a existência. Esta não é marcada por "pequenas felicidades", mas por ondas que levam tudo.

Francisco convidou os fiéis a imaginarem este instante em que Deus nos chama por nome e diz: "Levante-se, pare de chorar, porque vim libertar!". Jesus, prosseguiu, não se adapta ao mundo, tolerando que prevaleçam a morte, o ódio, a destruição moral das pessoas... "O nosso Deus não está inerte, permito-me dizer que nosso Deus é um sonhador, que sonha a transformação do mundo e a realizou no mistério da Ressurreição."

O Papa concluiu falando novamente de Maria Madalena. Esta mulher que, antes de encontrar Jesus estava à mercê do maligno, agora se transformou em apóstola da nova e maior esperança. "Que a sua intercessão nos ajude a viver também nós esta experiência: na hora do pranto e do abandono, ouvir Jesus Ressuscitado que nos chama por nome, e com o coração repleto de alegria anunciar: Vi o Senhor! Mudei de vida porque vi o Senhor. Esta é a nossa força e esta é a nossa esperança."

(Fonte Radio Vaticano)

17 MAIO 2017 REDAÇÃO PAPA FRANCISCO

Só quem reconhece seus erros e pede desculpa pode receber o perdão, recorda o Papa

Segundo o ACI Digital (03/01/2018), na Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Francisco falou em sua catequese sobre o ato penitencial da Missa e afirmou que, para ser perdoado, é preciso humilhar-se e reconhecer verdadeiramente seus erros.

Assim, o ato penitencial, "na sua sobriedade, favorece a atitude que deve ser assumida para celebrar dignamente os santos mistérios, ou seja, reconhecendo diante de Deus e dos irmãos os nossos pecados", explicou.

Francisco recordou que "todos somos pecadores" e que quem é "presunçoso" é "incapaz de receber o perdão". "Quem tem consciência de suas misérias e abaixa os olhos com humildade, sente sobre si o olhar misericordioso de Deus".

"Sabemos por experiência que somente quem sabe reconhecer os erros e pede perdão recebe a compreensão e o perdão dos outros". Por isso, "escutar em silêncio a voz da consciência permite reconhecer que os nossos pensamentos são distantes dos pensamentos divinos, que as nossas palavras e as nossas ações são muitas vezes mundanas, guiadas, isto é, por escolhas contrárias ao Evangelho".

"Por isso, no início da Missa, cumprimos comunitariamente o ato penitencial mediante uma fórmula de confissão geral, pronunciada na primeira pessoa do singular. Cada um confessa a Deus e aos irmãos que 'pequei muitas vezes, em pensamentos e palavras, atos e omissões'".

O Papa se deteve sobre este último e disse que, às vezes, "nos sentimos bons porque 'não fizemos nenhum mal'". "Na realidade, não basta não fazer mal ao próximo, é preciso escolher fazer o bem, aproveitando as ocasiões para dar um bom testemunho de que somos discípulos de Jesus".

"As palavras que dizemos com a boca são acompanhadas pelo gesto de bater no peito, reconhecendo que pequei por minha culpa e não dos outros. Acontece muitas vezes que, por medo ou vergonha, apontamos o dedo para acusar os outros", indicou.

O Santo Padre concluiu explicando que, "após a confissão dos pecados, suplicamos à Bem-aventurada Virgem Maria, aos Anjos e Santos que roguem ao Senhor por nós. Também aqui é preciosa a comunhão dos Santos, a intercessão destes amigos e modelos de vida que nos sustenta no caminho em direção à plena comunhão com Deus".

"O ato penitencial se conclui com a absolvição do sacerdote, na qual se pede a Deus que derrame sua misericórdia sobre nós. Esta absolvição não tem o mesmo valor que a do sacramento da penitência, pois há pecados graves, os quais chamamos mortais, que só podem ser perdoados com a confissão sacramental", disse na catequese.

POR PROF. FELIPE AQUINO

Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/so-quem-reconhece-seus-erros-e-pede-desculpa-pode-receber-o-perdao-recorda-o-papa-41624/

Se a oração não é corajosa, não é cristã, assegura o Papa Francisco

Segundo o ACI Digital, na Missa celebrada na manhã de hoje na Casa Santa Marta, o Papa Francisco falou sobre a importância de rezar bem e sublinhou que, "se a oração não é corajosa, não é cristã".

Francisco recordou os relatos evangélicos da cura de um leproso e de um paralítico no qual ambos rezam com coragem. "Sempre quando nos aproximamos do Senhor para pedir algo, se deve partir da fé e fazê-lo na fé: 'Eu tenho fé que tu podes cura-me, eu creio que tu podes fazer isto'", disse na homilia.

O Pontífice pediu, então, para que não se reze como "papagaios" e "sem interesse" naquilo que se pede, mas sim "suplicando ao Senhor que ajude a nossa pouca fé diante das dificuldades".

"Coragem para aproximar-me do Senhor quando existem tantas dificuldades. Muitas vezes, é preciso paciência e saber esperar os tempos, mas não desistir, ir sempre em frente. Mas se eu com fé me aproximo do Senhor e digo: 'Se queres, podes dar-me esta graça', e como a graça depois de três dias não veio, me esqueço...".

Francisco deu o exemplo da mãe de Santo Agostinho, Santa Mónica, que "chorou muito" pela conversão do seu filho. Teve "coragem para desafiar o Senhor".

"A oração cristã nasce da fé em Jesus e segue sempre com a fé, para além das dificuldades. Uma frase para trazê-la hoje no nosso coração nos ajudará é do nosso pai Abraão, a quem foi prometida a herança, isto é, ter um filho aos 100 anos".

"Diz o apóstolo Paulo: 'Creiam' e com isto foi justificado. A fé e 'se colocou em caminho': fé e fazer de tudo para chegar àquela graça que estou pedindo. O Senhor nos disse: 'Peçam e vos será dado'. Tomemos também esta Palavra e tenhamos confiança, mas sempre com fé e acreditando".

"Esta é a coragem que tem a oração cristã. Se uma oração não é corajosa, não é cristã", destacou.

POR PROF. FELIPE AQUINO

Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/se-a-oracao-nao-e-corajosa-nao-e-crista-assegura-o-papa-francisco-57226/

Na fragilidade dos pobres há uma força salvífica

O site ACI Digital publicou ontem (19/11/2017) a seguinte notícia:

"Amar o pobre significa lutar contra todas as pobrezas, espirituais e materiais", afirmou o Papa Francisco durante a Missa por ocasião do 1º. Dia Mundial dos Pobres instituído pelo mesmo Pontífice.

Na manhã de hoje, Francisco presidiu uma Eucaristia em que muitos pobres participaram e também disse que "Nos pobres manifesta-se a presença de Jesus, que, sendo rico, se fez pobre".

"Por isso neles, na sua fragilidade, há uma força salvífica. E, se aos olhos do mundo têm pouco valor, são eles que nos abrem o caminho para o Céu, são o nosso passaporte para o paraíso".

Ao comentar o Evangelho do dia, o qual nos traz a parábola dos talentos, pediu "reconhecer" que somos "talentosos aos olhos de Deus".

"É por isso que ninguém pode ser considerado inútil, ninguém pode acreditar que é tão pobre que não possa dar algo aos outros. Nós fomos escolhidos e abençoados por Deus, que deseja dar-nos os seus dons, muito mais do que o pai ou a mãe querem para os seus filhos. E Deus, aos olhos de Quem nenhum filho pode ser descartado, confia uma missão a cada um".

Francisco expressou que "muitas vezes também nos parece não ter feito nada de mal e com isso nos contentamos, presumindo que somos bons e justos. Mas, assim, corremos o risco de nos comportar como o servo mau: também ele não fez nada de mal, não estragou o talento, aliás, guardou-o bem na terra".

O Santo Padre também disse que "não é fiel a Deus quem se preocupa apenas em conservar, em manter os tesouros do passado".

Nesse sentido, "a omissão é também o grande pecado contra os pobres". "É olhar para o outro lado quando o irmão está em necessidade, é mudar de canal, logo que um problema sério nos indispõe, é também indignar-se com o mal mas sem fazer nada. Deus, porém, não nos perguntará se sentimos justa indignação, mas se fizemos o bem".

Segundo o Bispo de Roma, que denunciou o pecado da "indiferença" em relação aos pobres, "a verdadeira fortaleza" não é "punhos cerrados e braços cruzados, mas mãos operosas e estendidas aos pobres, à carne ferida do Senhor".

Portanto, "para nós, é um dever evangélico cuidar deles, que são a nossa verdadeira riqueza; e fazê-lo não só dando pão, mas também repartindo com eles o pão da Palavra, do qual são os destinatários mais naturais".

"Para mim, o que conta na vida? Onde invisto? Na riqueza que passa, da qual o mundo nunca se sacia, ou na riqueza de Deus, que dá a vida eterna?", perguntou.

"Diante de nós, está esta escolha: viver para ter na terra ou dar para ganhar o Céu. Com efeito, para o Céu, não vale o que se tem, mas o que se dá, e 'quem amontoa para si' não é 'rico em relação a Deus'".

O Santo Padre sublinhou que "isso nos fará bem, aproximar-nos de quem é mais pobre do que nós, tocará a nossa vida. E nos ajudará recordar o que conta verdadeiramente: amar a Deus e ao próximo".

Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/papa-francisco-na-fragilidade-dos-pobres-ha-uma-forca-salvifica-37013/

A Missa liberta-nos da morte, do pecado e do medo, afirma o Papa Francisco

Segundo o ACI (22/11/2017), em uma nova catequese na qual refletiu sobre a Missa, o Papa Francisco se perguntou: "Essencialmente, o que é a Missa? A Missa é o memorial do Mistério pascal de Cristo. Ela nos torna partícipes na sua vitória sobre o pecado e a morte e dá significado pleno a nossa vida".

Como Israel celebra a Páscoa de sua libertação do Egito, de seu êxodo, "Jesus Cristo, com sua paixão, morte, ressurreição e ascensão ao céu, levou a Páscoa ao seu cumprimento. E a Missa é o memorial da sua Páscoa, de seu 'êxodo', que realizou por nós, para nos fazer sair da escravidão e nos introduzir na terra prometida da vida eterna".

"A Eucaristia não é uma recordação, é fazer presente aquilo que aconteceu há 20 séculos", destacou. "A Eucaristia - continuou - nos leva sempre ao ápice da ação de salvação de Deus: o Senhor Jesus, fazendo-se pão partido por nós, derrama sobre nós toda a sua misericórdia e o seu amor, como fez na cruz, renovando o nosso coração, a nossa existência e o nosso modo de nos relacionarmos com Ele e com os irmãos".

Em sua catequese, o Santo Padre indicou que "cada celebração da Eucaristia é um raio daquele sol sem ocaso que é Jesus ressuscitado. Participar da Missa, em particular no domingo, significa entrar na vitória do Ressuscitado, ser iluminados pela sua luz, aquecidos pelo seu calor".

Enfatizou que, "por meio da celebração eucarística, o Espírito Santo nos torna partícipes da vida divina que é capaz de transfigurar todo o nosso ser mortal. Na sua passagem da morte à vida, do tempo à eternidade, o Senhor Jesus nos leva com Ele para fazer a Páscoa. Na Missa se faz Páscoa. Nós, na Missa, estamos com Jesus, morto e ressuscitado e Ele nos leva para frente, para a vida eterna. Na Missa nos unimos a Ele. Antes ainda, Cristo vive em nós e nós vivemos nele".

"Seu Sangue liberta-nos da morte e do medo da morte. Liberta-nos não dó do domínio da morte física, mas também da morte espiritual que é o mal, o pecado, que toma conta de nós cada vez que caímos vítima do pecado nosso ou dos outros. E então a nossa vida é sujada, perde a beleza, perde o significado, esmorece. Pelo contrário, Cristo é a plenitude da vida".

Nesse sentido, Francisco explicou como deve ser a atitude de um cristão na Eucaristia: "Isso é a Missa, é entrar nessa paixão e ressurreição de Jesus. E quando vamos à Missa é como se fôssemos a um Calvário, é a mesma coisa".

"Mas pensem: se vamos ao Calvário - pensemos usando a imaginação - naquele momento, nós sabemos que aquele homem ali é Jesus. Mas, nós nos permitiremos ficar conversando, tirar fotografias, fazer um pouco o espetáculo? Não! Porque é Jesus! Nós, certamente estaremos em silêncio, no choro, e também na alegria de sermos salvos. Quando nós entramos na Igreja para celebrar a Missa, pensemos isto: entro no Calvário, onde Jesus dá a sua vida por mim".

Finalmente, o Pontífice concluiu seu ensinamento recordando como os mártires foram capazes de doar-se precisamente por sua fé em que a vitória de Cristo já é real. "Se o amor de Cristo está em mim, posso doar-me plenamente ao outro, na certeza interior de que mesmo que o outro me fira, eu não morrerei. Caso contrário, deverei defender-me. Os mártires deram a sua vida justamente por esta certeza da vitória de Cristo sobre a morte. Somente se experimentamos este poder de Cristo, o poder de seu amor, somos realmente livres para nos doar sem medo".

Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/a-missa-nos-liberta-da-morte-do-pecado-e-do-medo-afirma-o-papa-francisco-31627/

"Só o Senhor pode nos dar a paz no meio das tribulações"

(ZENIT -Roma, 16 Maio 2017).- "Uma paz sem Cruz não é a paz de Jesus". O afirmou o Papa Francisco na missa desta terça-feira na Casa Santa Marta. E lembrou que "só o Senhor pode nos dar a paz no meio das tribulações".

Francisco desenvolveu a sua homilia, partindo das palavras de Jesus aos seus discípulos na Última Ceia "Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz". Os Atos dos Apóstolos da Primeira Leitura de hoje fala das muitas tribulações sofridas por Paulo e Barnabé em suas viagens para proclamar o Evangelho. "Esta é a paz que Jesus dá?", e em seguida o Papa observou que a paz que Ele dá não é aquela que o mundo dá.

"A paz que nos dá o mundo é uma paz sem tribulações; oferece-nos uma paz artificial" uma paz que se reduz à "tranquilidade". É uma paz, "que somente olha para seus próprios interesses, suas próprias certezas, que não falte nada", um pouco como era a paz do homem rico. Uma tranquilidade que nos torna "fechados", que não se vê "além":

"O mundo nos ensina o caminho da paz com a anestesia: nos anestesia para não ver outra realidade da vida: a Cruz. Por isso Paulo diz que se deve entrar no Reino dos céus através do caminho com tantas tribulações. Mas se pode ter paz na tribulação? De nossa parte, não: nós não somos capazes de fazer uma paz de tranquilidade, uma paz psicológica, uma paz feita por nós porque há tribulações: há quem tenha uma dor, uma doença, uma morte ... existem".

2A paz que Jesus dá é um presente: é um dom do Espírito Santo. E esta paz está no meio das tribulações e segue em frente. Não é uma espécie de estoicismo, o que faz o faquir: não. É outra coisa".

A paz de Deus, é "um dom que nos faz seguir em frente". Jesus, depois de ter dado a paz aos discípulos, sofre no Jardim das Oliveiras e ali "oferece tudo à vontade do Pai e sofre, mas não falta o consolo de Deus". O Evangelho, de fato, narra que "lhe apareceu um anjo do céu para consolá-lo".

"A paz de Deus é uma paz real, que está na realidade da vida, que não nega a vida: a vida é assim. Há sofrimento, há os doentes, há tantas coisas ruins, há guerras... mas a paz de dentro, que é um dom, não se perde, mas se vai em frente carregando a Cruz e o sofrimento. Uma paz sem Cruz não é a paz de Jesus: é uma paz que se pode comprar. Podemos fabricá-la nós mesmos. Mas não é duradoura: termina".

O Papa precisou que quando alguém fica com raiva "perde a paz". Quando meu coração "fica turbado acrescentou é porque não está aberto à paz de Jesus", porque eu não sou capaz de "levar a vida como ela vem, com as cruzes e as dores que vêm". Em vez disso, devemos ser capazes de pedir a graça, de pedir ao Senhor a Sua paz. O Senhor nos faça compreender como é esta paz que Ele nos dá com o Espírito Santo"

Uma Fé que não escuta o Espírito Santo acaba dando em ideologia

Deixar-se interpelar pelo Espírito Santo e ouvi-lo antes de tomar decisões


 (ZENIT - Cidade do Vaticano, 29 maio 2017).- Deixar-se interpelar pelo Espírito Santo, ouvi-lo antes de tomar decisões, para não ter uma fé ideológica.

O Papa Francisco inspirou-se na Primeira Leitura, na missa desta segunda-feira na Casa Santa Mata no Vaticano nesta semana que antecede Pentecostes e convidou a rezar para que o Espírito venha no coração, na paróquia, na comunidade.

De fato, a comunidade de Éfeso tinha recebido a fé, mas não sabia nem mesmo que existisse o Espírito Santo, indicou o Papa, eram "pessoas boas, de fé", mas não conheciam este dom do Pai. Depois, Paulo impôs as mãos sobre eles, desceu o Espírito Santo e começaram a falar em línguas.

O Pontífice então convidou a perguntar-nos qual o lugar que o Espírito Santo tem em nossa vida: "Eu sou capaz de ouvi-lo? Eu sou capaz de pedir inspiração antes de tomar uma decisão ou dizer uma palavra ou fazer algo? Ou o meu coração está tranquilo, sem emoções, um coração fixo?

Se nós fizéssemos um eletrocardiograma espiritual, o resultado em muitos corações, seria linear, sem emoções. Também nos Evangelhos há essas pessoas, pensemos nos doutores da lei: acreditavam em Deus, todos sabiam os mandamentos, mas o coração estava fechado, parado, não se deixavam inquietar".

- "Mas, padre, isso é sentimentalismo?"
- "Pode ser, mas não é. Se você for pela estrada justa não é sentimentalismo".

"O Espírito Santo é o mestre do discernimento. Uma pessoa que não tem esses movimentos no coração, que não discerne o que acontece, é uma pessoa que tem uma fé fria, uma fé ideológica. A sua fé é uma ideologia, é isso".

"Peço que me guie pelo caminho que devo escolher na minha vida e também todos os dias? Peço que me dê a graça de distinguir o bom do menos bom? Porque o bem do mal se distingue logo. Mas há aquele mal escondido, que é o menos bom, mas esconde o mal. Peço essa graça? Esta pergunta eu gostaria de semeá-la hoje no coração de vocês."

Convidou assim a se interrogar se temos um coração irrequieto porque movido pelo Espírito Santo ou se fazemos somente "cálculos com a mente" .

"Peçamos também nós esta graça de ouvir o que o Espírito diz à nossa Igreja, à nossa comunidade, à nossa paróquia, à nossa família e cada um de nós, a graça de aprender esta linguagem de ouvir o Espírito Santo", concluiu o Papa.

"Jesus ensinou-nos a tratar Deus por Pai"


(ZENIT - Cidade do Vaticano, 7 Jun. 2017).- Nesta quarta-feira de primavera na Praça de São Pedro, muitas crianças receberam a bênção do Santo Padre antes do inicio da tradicional Audiência Geral. Aqui a grande multidão, depois de passar o controle pelo segurança e encher a praza e gritava "Francisco, Francisco!" e balançava bandeiras à espera do Papa, que chegou no jeep branco e cumprimentou os fiéis.

No resumo da catequese em português, foi indicado que "Jesus ensinou-nos a tratar Deus por Pai, ou melhor, por Papá (na língua dele: Abbá). Quem não recorda a oração que Ele nos ensinou: o Pai-Nosso? A paternidade de Deus é fonte da nossa esperança. Como vemos no Evangelho, Deus não consegue estar sem nós. Nunca estamos sozinhos. Podemos viver afastados d'Ele, ou mesmo estar contra Ele; podemos até professar-nos como pessoas «sem Deus». Mas Ele não pode estar sem nós".

"Pensemos na parábola do Pai misericordioso. Quando o filho pródigo, depois de ter gasto tudo, regressa à casa onde nasceu, o pai não aplica critérios de justiça humana, mas primariamente sente a necessidade de perdoar e, com o seu abraço, faz o filho perceber que, durante todo o tempo da sua ausência, sentiu falta dele, o seu amor de Pai sofreu".

"Como Jesus ensinou e viveu, Deus é Pai, mas não à nossa maneira humana: nenhum pai deste mundo se teria comportado como o Protagonista da referida parábola. Deus não pode estar sem nós; sente a nossa falta. Ele nunca será um Deus «sem o homem». Esta certeza é a fonte da nossa esperança, que encontramos espelhada em todas as invocações do Pai-Nosso".

"Quando precisamos de ajuda, Jesus não nos diz para nos resignarmos e fecharmos em nós mesmos, mas ensina-nos a elevar ao Pai do Céu uma súplica confiante. Todas as nossas necessidades, desde as mais evidentes e diárias como a alimentação, a saúde, o trabalho, até à necessidade de sermos perdoados e sustentados contra as tentações, não são uma prova de que estamos abandonados e sozinhos, mas há um Pai amoroso nos Céus que sempre olha por nós e nunca nos abandona".

E falando em italiano aos peregrinos de Portugal e Brazil, logo traduzido em português concluiu:

"Amados peregrinos vindos do Brasil e todos vós que aqui vos encontrais de língua portuguesa, sede benvindos! A ressurreição de Cristo abriu-nos a estrada para além da morte; e assim temos a estrada desimpedida até ao Céu. Que nada vos impeça de viver e crescer na amizade do Pai celeste, e testemunhar a todos a sua infinita bondade e misericórdia! Sobre vós e vossas famílias, desça abundante a sua Bênção".

Segundo o ACI Digital (07/06/2017), em sua catequese da Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Francisco incentivou os cristãos a se dirigir a Deus como a um pai, pois "não há nenhum pai neste mundo que nos ame como Ele".

Em sua catequese, o Santo Padre explicou o significado da oração que Jesus ensinou aos seus discípulos, o Pai Nosso, "a oração cristã por excelência". Nesse sentido, Francisco destacou a "simples invocação" com a qual começa: "Pai".

O Pontífice destacou que os discípulos de Jesus "estavam assustados pelo fato de que, especialmente durante a manhã e a noite, se retirava para rezar e se submergia na oração". Por este motivo, "um dia lhe pediram que também os ensinassem a rezar". Foi então que o Senhor lhes ensinou o Pai Nosso.

"Todo o mistério da oração cristã se resume nesta palavra: ter a coragem de chamar Deus com o nome de Pai. É o que afirma também a Liturgia quando, convidando-nos à oração comunitária da oração de Jesus, utiliza a expressão 'ousemos dizer'".

O Bispo de Roma enfatizou como extraordinário chamar Deus de "pai", porque "chamar Deus com o nome de Pai não é, de forma alguma, um fato normal. Podemos nos inclinarmos a utilizar um título mais elevado, um que nos parece mais respeitoso com sua transcendência. Entretanto, invocá-lo como 'Pai' nos situa em uma relação de confiança com Ele, como uma criança que se dirige a seu pai sabendo-se amada e cuidada por ele".

Chamar Deus de Pai nos revela "o mistério de Deus, que sempre nos fascina e nos faz sentir pequenos, porém, não causa medo, não nos sufoca, não nos angustia. Esta é uma revolução difícil de acolher em nossa alma humana".

"Pensemos na parábola do pai misericordioso", propôs Francisco. "Jesus fala de um pai que só conhece o amor por seus filhos. Um pai que não pune o filho pela sua arrogância e que é capaz até mesmo de confiar a ele a sua parte de herança e deixá-lo ir embora de casa".

"Deus é Pai, diz Jesus, mas não da maneira humana, porque não existe nenhum pai neste mundo que se comportaria como o protagonista desta parábola".

Francisco recordou que "Deus é Pai a sua maneira: bom, indefeso diante do livre arbítrio do homem, capaz somente de conjugar o verbo 'amar'. Quando o filho rebelde, depois de ter gastado tudo, finalmente retorna para casa, seu pai não aplica critérios de justiça humana, mas sente, antes de tudo, necessidade de perdoar, e com o seu abraço faz entender ao filho que durante o longo tempo de ausência, ele lhe fez falta".

Assim, o Papa sublinhou a palavra utilizada por duas vezes por São Paulo em suas cartas: "abba". "Trata-se de uma expressão ainda mais íntima em relação a 'pai', e que alguns traduzem como 'papai, paizinho'".

"Queridos irmãos e irmãs: Já não estamos mais sozinhos! Podemos estar afastados, sermos hostis, podemos até mesmo dizer que 'não há Deus'. Mas, o Evangelho de Jesus Cristo nos revela que Deus não pode estar sem nós: Ele nunca será um Deus 'sem o homem'; é Ele que não pode estar sem nós, e isto é um grande mistério... Deus não pode ser Deus sem o homem: um grande mistério isto. E esta certeza é a fonte de nossa esperança, que está em todas as invocações do Pai Nosso".

Francisco finalizou a catequese incentivando todos a pedir a Deus, ao Pai, por nossas necessidades quotidianas, porque "quando temos necessidade de sua ajuda, Jesus não nos pede para renunciarmos e nos fecharmos em nós mesmos, mas nos chama a nos dirigirmos ao Pai e pedir-lhe coisas com fé".

"Todas as nossas necessidade, desde as mais evidentes e quotidianas, como a comida, a saúde, o trabalho, até aquelas como ser perdoados e sustentados nas tentações, não são o espelho de nossa solidão, pois existe um Pai que sempre nos olha com amor e que, seguramente, não nos abandona", concluiu.

Papa Francisco indica a Maria como "Mãe da esperança"

Na audiência geral desta quarta-feira na Praça S. Pedro-10 MAIO 2017


(ZENIT - Cidade do Vaticano, 10 Maio 2017).- Papa Francisco na catequese da audiência geral desta quarta-feira na Praça S. Pedro, prosseguiu com o tema da esperança.

O Santo Padre recordou que no caminho da sua maternidade, Maria teve que atravessar mais do que uma noite sombria. Ainda jovem, respondeu "sim" à proposta que o Anjo Gabriel lhe fez de ser a mãe do Filho de Deus, embora nada soubesse do destino que a esperava.

"Naquele instante -disse o Papa- Maria se parece como uma de tantas mães do nosso mundo, corajosas até o extremo quando se trata de acolher no próprio ventre a história de um novo homem que nasce".

Ela é uma mulher que não se deprime face às incertezas da vida; nem uma mulher que protesta e se lamenta contra a sorte que muitas vezes se Lhe apresentava hostil. Pelo contrário, é uma mulher que aceita a vida como vem, com os seus dias felizes, mas também com as suas tragédias, indicou o Santo Padre.

O sucessor de Pedro disse que "as mães nunca desistem nem abandonam. As mães não traem". Os Evangelhos somente dizem: 'ela estava'. No momento mais cruel, Ela sofria com o Filho. Estava. Ela simplesmente estava ali. Os sofrimentos de uma mãe... Todos nós conhecemos mulheres fortes, que levaram avante os sofrimentos de seus filhos."

Depois, em Pentecostes, no primeiro dia da Igreja, reencontramos Maria como Mãe da Esperança em meio àquela comunidade de discípulos tão frágeis: um tinha negado o Mestre, muitos tinham fugido, todos tinham medo. Maria simplesmente estava lá no seu modo normal de ser, como se fosse algo natural: a Igreja primitiva, envolvida pela luz da Ressurreição, mas também pela incerteza e o medo dos primeiros passos a dar no mundo.

"Por isso, todos nós A amamos como Mãe. Não somos órfãos, todos temos uma mãe no céu", disse ainda Francisco. Maria nos ensina a virtude da espera, mesmo quando tudo parece sem sentido, pois confia no mistério de Deus. "Nos momentos de dificuldade, que Maria possa sempre amparar os nossos passos, possa sempre dizer ao coração: levanta-se, olhe para frente, para o horizonte. Ela é Mãe de esperança."

A lógica do amor do Pai, gratuito e generoso

(tradução completa)


Comentário da parábola dos trabalhadores da vinha

«Através desta parábola, Jesus quer abrir os nossos corações à lógica do amor do Pai, que é gratuito e generoso» - explicou o papa Francisco, que comentou a parábola dos trabalhadores da vinha, antes do Angelus deste domingo, 24 de Setembro de 2017, da janela do palácio apostólico do Vaticano que dá para a praça de S. Pedro.

Eis a nossa tradução das palavras pronunciadas pelo papa Francisco antes da oração dominical do Angelus.

AB

Palavras do papa Francisco antes do Angelus

Caros irmãos e irmãs, bom dia!

Na página do evangelho de hoje (Mt 20, 1-16) encontramos a parábola dos trabalhadores chamados a diferentes horas para trabalhar na vinha que Jesus conta para comunicar dois aspetos do Reino de Deus : o primeiro, que Deus quer chamar a todos para trabalhar pelo seu Reino ; o segundo, que no final Ele quer dar a todos a mesma recompensa, quer dizer, a salvação, a via eterna.

O mestre de uma vinha, que representa Deus, sai de madrugada e contrata um grupo de trabalhadores, metendo-se de acordo com eles sobre o salário, que era de um denário por dia; era um salário justo. Em seguida, sai nas horas seguintes - nesse dia sai cinco vezes - até tarde, no final do dia, para contratar outros trabalhadores que Ele vê sem trabalho. No fim do dia, o mestre ordena que se dê um denário a cada um, mesmo àqueles que trabalharam apenas algumas horas. Claro que os trabalhadores contratados nas primeiras horas do dia protestaram, porque foram pagos do mesmo modo que aqueles que trabalharam menos. Mas o mestre lembra-os que receberam o que tinha sido acordado; por conseguinte, se ele quer ser generoso com os outros, eles não devem ficar invejosos.

Na verdade, esta « injustiça» entre parenteses - do mestre, serve para provocar os ouvintes da parábola, para darem um salto de qualidade, porque aqui, Jesus não quer falar do problema do trabalho e do salário justo, mas do Reino de Deus! E a mensagem é a seguinte; no Reino de Deus, não há desempregados; todos são convidados a fazer parte dele; e haverá para todos no fim a recompensa que vem da justiça divina - não humana, felizmente para nós! - quer dizer, a salvação que Jesus Cristo obteve para nós pela sua morte e a sua ressurreição. Uma salvação que não é fruto do mérito humano, mas é dada; a salvação é gratuita, de modo que «os últimos serão os primeiros e os primeiros, os últimos» (Mt 20, 16).

Através desta parábola, Jesus quer abrir os nossos corações à lógica do amor do Pai, que é gratuito e generoso. Trata-se de se deixar maravilhar e fascinar pelos "pensamentos" e pelas "vias" de Deus que, como recorda o profeta Isaías, não são os nossos pensamentos nem os nossos caminhos (cf. Is 55, 8).

Os pensamentos humanos são muitas vezes marcados por egoísmos e interesses pessoais, e os nossos caminhos são estreitos e tortuosos e não se podem comparar às vias largas e direitas do Senhor.

Ele usa de misericórdia, não esquecer isto! Ele usa de misericórdia, Ele perdoa abundantemente; é cheio de generosidade e de bondade, que Ele derrama sobre cada um de nós; abre para todos os tesouros do seu amor e da sua graça, que só eles podem dar ao coração humano a alegria em plenitude.

Jesus quer que contemplemos o olhar deste mestre: o modo como ele olha cada um dos trabalhadores que esperam para serem contratados e chamados para irem trabalhar na sua vinha. É um olhar cheio de atenção e benevolência; é um olhar que chama, que convida a se erguer, a se pôr a caminho, porque ele quer a vida para cada um de nós; ele quer uma vida plena, comprometida, salva do vazio e da inércia. Deus não exclui ninguém e quer que cada um atinja a sua plenitude. Eis o amor de nosso Deus, do nosso Deus que é Pai.

Que a Santíssima Virgem Maria nos ajude a acolher na nossa vida a lógica do amor que nos liberta da presunção de merecer a recompensa de Deus e do juízo negativo sobre os outros.

© Tradução de ZENIT, Pe. Joaquim Domingos Luís

«Deus não exclui ninguém», diz o Papa

Francisco pede mudança de atitude para valorizar misericórdia divina

Cidade do Vaticano, 24 set 2017 (Ecclesia) - O Papa Francisco desafiou hoje os cristãos a terem um olhar de misericórdia, em coerência com a fé que professam em Deus, que "não exclui ninguém".

"É um olhar pleno de atenção, de benevolência, é um olhar que chama, que convida a levantar-se, a pôr-se a caminho, porque quer a vida para cada um de nós, quer uma vida plena, comprometida, salva do vazio e da inércia. Deus não exclui ninguém e quer que todos cheguem à sua plenitude", disse, antes da recitação do angelus.

"Este é o amor do nosso Deus, do nosso Deus que é Pai", acrescentou.

Falando desde a janela do apartamento pontifício para milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, o Papa observou que os pensamentos humanos são muitas vezes marcados pelo "egoísmo", em contraponto ao que foi ensinado por Jesus Cristo.

"Ele usa a misericórdia, não se esqueçam disto, Ele usa a misericórdia, perdoa largamente, é pleno de generosidade e de bondade que oferece a cada um de nós, abre a todos os territórios sem fronteira do seu humano e da sua graça", acrescentou.

A intervenção partiu da passagem do Evangelho, lida hoje nas igrejas de todo o mundo, em que o dono de uma vinha contrata empregados em vários momentos do dia para uma jornada de trabalho, pagando a todos o mesmo.

"Esta 'injustiça' do dono serve para provocar, em que ouve a parábola, um salto de nível, porque aqui Jesus não quer falar do problema do trabalho ou do salário justo, mas do Reino Deus. E a mensagem é esta: no Reino de Deus não há desempregados", precisou Francisco.

O Papa falou na necessidade de compreender que a Salvação não é "merecida" por ninguém, mas "oferecida" por Deus.

"Que Maria Santíssima nos ajude a acolher na nossa vida a lógica do amor, que nos liberta da presunção de merecer a recompensa de Deus e de julgar negativamente os outros", pediu.

A intervenção aconteceu no dia em que foi divulgada um documento de clérigos e académicos católicos com fortes críticas ao atual pontificado.

Após a oração, o Papa despediu-se dos grupos de peregrinos e visitantes com o tradicional voto de "bom domingo" e "bom almoço", pedindo orações por si.

A porta para chegar a Jesus se abre ao reconhecer-se pecador, assegura Papa Francisco

Segundo o ACI (21/09/2017), assim como o apóstolo Mateus se reconhece pecador quando Jesus diz "segue-me" e isso o leva a tornar-se seu discípulo, "nós também devemos nos reconhecer pecadores, porque a porta para encontrar Jesus é reconhecer-nos pecadores".

Isto foi assinalado pelo Papa Francisco na homilia da Missa celebrada na manhã de hoje na Casa Santa Marta, no Vaticano. "O amor de Jesus pode entrar no coração daquele homem porque se reconheceu pecador, sabia que as pessoas o desprezavam, e foi essa consciência de pecador que abriu a porta para a misericórdia de Jesus".

"É a primeira condição para ser salvo: sentir-se em perigo", afirmou o Papa. "A primeira condição para ser curado: sentir-se doente. E sentir-se pecador é a primeira condição para receber este olhar de misericórdia".

O Papa convidou: "Pensemos no olhar de Jesus, tão bonito, tão bom, tão misericordioso. E também nós, quando rezamos, sentimos este olhar sobre nós; é o olhar de amor, o olhar da misericórdia, o olhar que nos salva. Não ter medo".

E o que Mateus sentiu depois de ouvir o chamado de Jesus foi alegria, explicou Francisco, e a segunda etapa é justamente "a festa". Mateus convidou todos os amigos, aqueles do mesmo sindicato, pecadores e publicanos, para que conhecessem Jesus e o Senhor respondia às perguntas que lhe faziam. "Trata-se da festa do encontro com o Pai, a festa da misericórdia".

Em seguida, o Papa assinalou um terceiro momento: "o escândalo". Os fariseus vendo que publicanos e pecadores sentaram-se à mesa com Jesus, perguntavam aos seus discípulos: "Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?". O Pontífice observou que "um escândalo sempre começa com esta frase: 'Por quê?'. Quando vocês ouvirem esta frase, afastem-se, pois em seguida vem o escândalo".

O Papa explicou que os fariseus conheciam muito bem a Doutrina, sabiam como seguir "pelo caminho do Reino de Deus", conheciam "melhor do que ninguém como se devia fazer", mas "tinham esquecido o primeiro mandamento do amor e, portanto, fechados em si mesmos, acreditavam que a salvação viesse deles próprios. Não! Deus nos salva, nos salva Jesus Cristo".

Por isso, o Papa concluiu a sua homilia, convidando a reconhecer-se pecador, pecador de pecados concretos: "Deixemo-nos olhar por Jesus com aquele olhar misericordioso cheio de amor".

Evangelho comentado pelo Papa Francisco:

Mateus 9, 9-13

Naquele tempo, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: "Segue-me!" Ele se levantou e seguiu a Jesus.

Enquanto Jesus estava à mesa, na casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos.

Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: "Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?"

Jesus ouviu a pergunta e respondeu: "Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes.

Aprendei, pois, o que significa: 'Quero misericórdia e não sacrifício'. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores".

O santo Padre evoca uma tela do Caravaggio, no dia da conversão de São Mateus

A Tela Do Caravaggio

(ZENIT - Cidade do Vaticano 21 Set. 2017- O Papa Francisco na missa celebrada nesta quinta-feira, na Capela da Casa Santa Marta, festa da conversão de São Mateus, recordou episódio do Evangelio retratado em uma tela famosa pelo pintor italiano Caravaggio.

Explicou assim que são três as etapas da conversão do evangelista: o encontro, a festa e o escândalo. Jesus havia curado um paralítico e encontra Mateus, sentado no banco dos impostos. Ele fazia pagar ao povo de Israel os impostos para depois dá-los aos romanos e por isto era desprezado, considerado um traidor da pátria. Jesus olhou para ele e disse: "Segue-me". Ele levantou-se e o seguiu.

De um lado, o olhar de São Mateus, um olhar desconfiado, olhava "de lado". "Com um olho, Deus" e "com o outro o dinheiro" e como pintou Caravaggio: "agarrado ao dinheiro", e também com um olhar impertinente. De outro, o olhar misericordioso de Jesus que olhou para ele com tanto amor".

"Cai" a resistência daquele homem que queria o dinheiro: levantou-se e seguiu Jesus. "É a luta entre a misericórdia e o pecado", indicou o Papa.

O amor de Jesus pode entrar no coração daquele homem porque "sabia ser pecador", sabia "não ser bem visto por ninguém", se sentia desprezado. Justamente "a consciência de pecador abriu a porta para a misericórdia de Jesus". Assim, "deixou tudo e foi". Este é o encontro entre o pecador e Jesus.

"É a primeira condição para ser salvo: sentir-se em perigo; a primeira condição para ser curado: sentir-se doente. E sentir-se pecador, é a primeira condição para receber este olhar de misericórdia. Mas pensemos no olhar de Jesus, tão bonito, tão bom, tão misericordioso. E também nós, quando rezamos, sentimos este olhar sobre nós; é o olhar de amor, o olhar da misericórdia, o olhar que nos salva. Não ter medo".

A segunda etapa é justamente "a festa": como Zaqueu, também Mateus, sentindo-se feliz e convidou depois Jesus para comer em sua casa.

Mateus convidou todos os amigos, "aqueles do mesmo sindicato", pecadores e publicanos e eles à mesa, faziam perguntas ao Senhor e Jesus respondia.

O Papa recorda o que disse Jesus no capítulo 15 de Lucas: "Haverá mais festa no Céu por um pecador que se converta do que por cem justos que permanecem justos". Trata-se da festa do encontro do Pai, a festa da misericórdia". Jesus, de fato, trata a todos com misericórdia sem limite.

O terceiro momento, o do "escândalo": os fariseus vendo que publicanos e pecadores sentaram-se à mesa com Jesus, perguntavam aos seus discípulos: "Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?".

"Um escândalo sempre começa com esta frase: 'Por que?'", frisou o Papa. "Quando vocês ouvem esta frase, cheira" e "por trás vem o escândalo".

Tratava-se, em substância, da "impureza de não seguir a lei". Conheciam muito bem "a doutrina", sabiam como seguir "pelo caminho do Reino de Deus", conheciam "melhor do que ninguém como se devia fazer", mas "haviam esquecido o primeiro mandamento do amor".

E assim, "fecharam-se na gaiola dos sacrifícios, quem sabe pensando: "Mas, façamos um sacrifício a Deus", façamos tudo o que se deve fazer, "assim, nos salvamos". Em síntese, acreditavam que a salvação viesse deles próprios, sentiam-se seguros.

"Não! Deus nos salva, nos salva Jesus Cristo", indicou o Papa. "Aquele 'por que' que tantas vezes ouvimos entre os fiéis católicos quando viam obras de misericórdia. 'Por que?' E Jesus é claro, é muito claro: "Ide e aprendei o que quer dizer misericórdia, o que eu quero e não sacrifícios, porque eu não vim, de fato, para chamar os justos, mas os pecadores. Se tu queres ser chamado por Jesus, reconhece-te pecador".

Assim o Papa convidou a reconhecer-se pecador, não de forma abstrata, mas "com pecados concretos" e "todos nós os temos, tantos".

"Existem tantos, tantos. Sempre e também na Igreja hoje. Dizem: "Não, não se pode, é tudo claro, é tudo, não, não... eles são pecadores, devemos afastá-los". Também tantos Santos são perseguidos ou se levanta suspeitas sobre eles. Pensemos em Santa Joana d'Arco, mandada para a fogueira, porque pensavam que fosse uma bruxa, pensem no beato Rosmini. "Misericórdia eu quero, e não sacrifícios". E a porta para encontrar Jesus é reconhecer-se como somos, a verdade. Pecadores. E ele vem, e nos encontramos. É tão bonito encontrar Jesus!".

21 SETEMBRO 2017 REDAÇÃO PAPA FRANCISCO

Angelus: cada pequena pedra tem o seu lugar na Igreja (texto completo)

Pedro, «centro visível de comunhão»

«Todos nós, embora pequenos (...) temos um lugar e uma missão na Igreja: ela é uma comunidade de vida, feita de muitas pedras, todas diferentes, que formam um único edifício, sob o sinal da fraternidade e da comunhão» - foi nestes termos que o papa Francisco comentou a página do evangelho lida na missa deste domingo 27 de agosto de 2017, antes do ângelus do meio-dia, da janela do escritório que dá para a praça de S. Pedro.

O papa também evocou a missão de Pedro e dos seus sucessores para a unidade: « é uma pequena pedra, mas tomada por Jesus, torna-se centro de comunhão ».

O papa Francisco também lançou um apelo em favor da minoria dos Rohingyas do Myanmar, denunciando uma perseguição.

O papa Francisco também lançou um apelo em favor da minoria dos Rohingyas de Myanmar, denunciando uma «perseguição».

Ele exprimiu a sua proximidade às populações do Bengala Desh, do Nepal e de Índia, atingidos por inundações mortíferas, devidas a uma monção que já fez centenas de mortos e milhares de deslocados.

Depois do Angelus, o papa Francisco recebeu, como nos dois anos anteriores, os participantes do Congresso da Rede Internacional dos legisladores católicos, baseados em Áustria, acompanhados do Cardeal Christoph Schönborn, na sala Clementina do Vaticano.

AB

Antes do angelus

Caros irmãos e irmãs, bom dia !

O evangelho deste domingo (Mt 16, 13-20) relata-nos uma passagem chave do caminho de Jesus com os seus discípulos: o momento em que ele quer verificar a que ponto está a sua fé n'Ele. Antes, ele quer saber o que as pessoas pensam dele. E as pessoas pensam que Jesus é um profeta, o que é verdade, mas eles não entendem o centro da sua pessoa nem da sua missão.

Em seguida, Jesus coloca a questão aos seus discípulos, que para ele é a mais importante, quer dizer, que ele lhes pergunta diretamente: Mas vós quem dizeis vós que eu sou? (v.15). Por este "mas" Jesus distingue claramente os apóstolos da multidão, o que equivale a dizer: mas vós, que estais comigo todos os dias, e que me conheceis de perto, o que é que vós entendestes mais? O mestre espera dos seus discípulos uma resposta elevada e diferente das opiniões da opinião pública.

E, na verdade, uma resposta deste tipo brota do coração de Simão chamado Pedro: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (v.16).

Simão Pedro não compreendeu plenamente o alcance de suas palavras, palavras que não vêm das suas capacidades naturais. Talvez ele não tivesse feito a escola elementar e foi capaz de dizer estas palavras, mais fortes que ele! Mas elas são inspiradas pelo Pai celeste (cf. V. 17), que revela ao primeiro dos Doze a verdadeira identidade de Jesus: ele é o Messias, o Filho enviado por Deus para salvar a humanidade. Graças a essa resposta, Jesus compreende, que graças à fé dada pelo Pai, ele tem um fundamento sólido sobre o qual ele pode construir a sua comunidade, a sua Igreja. É por isso que diz a Simão: Tu és Pedro - quer dizer, rocha - e sobre esta pedra construirei a minha Igreja (v.18).

Hoje, também connosco, Jesus quer continuar a construir a sua Igreja, essa Igreja com fundamentos sólidos mas onde não faltam fissuras e que tem necessidade continuamente de ser reparada, como no tempo de Francisco de Assis.

É certo, que, não nos sentimos como rochas, mas somente como pequenas pedras. Mas uma pequena nunca é inútil, pelo contrário, nas mãos de Jesus ela torna-se preciosa, porque ele toma-a, olha-a com uma grande ternura, trabalha-a pelo seu Espírito e coloca-a no bom sítio, onde Ele a tinha pensado desde sempre, e onde ela pode ser útil a toda a construção. E todos nós, embora pequenos, nos tornamos "pedras vivas", porque quando Jesus toma na mão a pedra, a faz sua, a faz viva, cheia de vida, cheia de vida pelo Espírito Santo, cheia de vida pelo seu amor, e é assim que temos um lugar e uma missão na Igreja. Ela é uma comunidade de vida, feita de tantas pedras, todas diferentes, que formam um único edifício, sob o sinal da fraternidade e da comunhão.

Além disso, o evangelho de hoje nos recorda que Jesus quis também para a sua Igreja um centro visível de comunhão, em Pedro - ele também não é uma grande pedra, é uma pedra pequena, mas tomada por Jesus, ela torna-se centro de comunhão -, em Pedro e nos que lhe sucederam na mesma responsabilidade da primazia, que, desde as origens, forma identificados com os bispos de Roma, a cidade onde Pedro e Paulo, deram o seu testemunho pelo sangue.

Confiemo-nos a Maria, Rainha dos Apóstolos, Mãe da Igreja. Ela encontrava-se no Cenáculo, ao lado de Pedro, quando o Espírito desceu sobre os Apóstolos e os impeliu a saírem, a anunciarem a todos que Jesus é o Senhor. Que hoje a nossa Mãe nos apoie e nos acompanhe pela sua intercessão, para que realizemos plenamente essa unidade e essa comunhão pelas quais o Cristo e os Apóstolos rezaram e deram a sua vida.

Angelus Domini... [O anjo do Senhor...]

Depois do Angelus

Caros irmãos e irmãs,

Nestes últimos dias, grandes inundações atingiram o Bangladesh, o Nepal e a Índia. Exprimo a minha proximidade às populações e rezo pelas vítimas e por todos os que sofrem por causa desta calamidade.

Chegaram até nós notícias tristes sobre a perseguição da minoria religiosa dos nossos irmãos Rohingyas. Quero exprimir-lhes toda a minha proximidade. E todos nós pedimos ao Senhor de os salvar, e de suscitar homens e mulheres de boa vontade para virem em sua ajuda, que lhes deem os seus plenos direitos. Rezemos também pelos nossos irmãos Rohingyas.

Saúdo-vos a todos, fiéis de Roma e peregrinos de Itália e de diferentes países: as famílias, os grupos paroquiais, as associações.

Saúdo em especial, os membros da Ordem Terceira Carmelita; os jovens de Tombelle (diocese de Pádua) - mas vós estais cheios de ardor, vós que há pouco tempo recebestes a Confirmação!, e o grupo de Lodivecchio: eles são fixes, porque percorreram a pé, em peregrinação, a última parte da Via Francigena. Sede também fixes na vida!

Desejo a todos um bom domingo. Peço-vos que não se esqueçam de rezar por mim.

Bom almoço e adeus!

© Tradução de ZENIT, P. JDL - Copyright 2017

Força da Igreja é «Jesus que reza por nós» - Papa Francisco

Cidade do Vaticano, 28 out 2016 (Ecclesia) - O Papa sublinhou hoje que toda a comunidade católica tem na sua base Jesus Cristo, caso contrário é uma casa sem consistência.

"A pedra angular é Cristo. Sem Jesus não há Igreja", frisou, durante a homilia da Missa a que presidiu na Casa de Santa Marta, onde reside.

Na intervenção, publicada pela Rádio Vaticano, Francisco salientou que a base da vida cristã é a oração, mas antes disso está "Jesus que reza, rezou e continua a rezar pela Igreja".

"E isto dá-nos uma grande segurança. Eu pertenço a esta comunidade, forte porque tem como fundamento Jesus, mas Jesus que reza por mim, que reza por nós. Somos todos como uma construção, mas o pilar é Cristo", complementou.

Papa em Santa Marta: O cristão verdadeiro está aberto às surpresas do Senhor

26 JUNHO 2017 REDACAO PAPA FRANCISCO

Nesta segunda-feira indica que o caminho começa todos os dias na parte da manhã; o caminho de confiar no Senhor

 (ZENIT - Cidade do Vaticano).- "O cristão verdadeiro não é aquele que se instala e fica parado, mas aquele que confia em Deus e se deixa guiar num caminho aberto às surpresas do Senhor". Esta foi o centro da homilia que o Papa Francisco fez nesta segunda-feira durante a missa na capela da Casa Santa Marta.

Partindo da Primeira Leitura, do Livro do Gêneses, o Pontífice lembrou que em Abraão "há o estilo da vida cristã, o estilo nosso como povo", baseado em três dimensões: o despojamento, a promessa e a bênção.

"O ser cristão tem sempre esta dimensão do despojamento que encontra a sua plenitude no despojamento de Jesus na Cruz. Sempre há um vai, um deixa, para dar o primeiro passo: 'Sai da tua terra, da tua família e da casa do teu pai'. Se fizermos memória veremos que nos Evangelhos a vocação dos discípulos é um 'vai', 'deixa' e 'vem'."

Os cristãos devem ter a capacidade de serem despojados, caso contrário não são cristãos autênticos, como não são aqueles que não se deixam despojar e crucificar com Jesus, indicou Francisco, indicando que Abraão "obedeceu pela fé", partindo para a terra a ser recebida como herança, mas sem saber o destino preciso

"O cristão não tem um horóscopo para ver o futuro. Não procura a necromante que tem a bola de cristal, para que leia a sua mão. Não, não. Não sabe aonde vai. Deve ser guiado. Esta é a primeira dimensão de nossa vida cristã: o despojamento. Mas, por que o despojamento? Para uma ascese parada? Não, não! Para ir em direção a uma promessa. Esta é a segunda. Somos homens e mulheres que caminham para uma promessa, para um encontro, para algo, uma terra, diz a Abraão, que devemos receber como herança."

Mas Abraão não edifica uma casa, levanta uma tenda, "está a caminho e confia em Deus", e constrói um altar "para adorar ao Senhor".

"O caminho começa todos os dias na parte da manhã; o caminho de confiar no Senhor, o caminho aberto às surpresas do Senhor, muitas vezes não boas, muitas vezes feias, pensemos em uma doença, uma morte, mas aberto, pois eu sei que Tu me irás conduzir a um lugar seguro, a um terra que preparaste para mim".

Isto é o homem em caminho, o homem que vive em uma tenda, uma tenda espiritual. Nossa alma, quando se ajeita muito, se ajeita demais, perde essa dimensão de ir em direção da promessa e em vez de caminhar em direção da promessa, carrega a promessa e possui a promessa. E não deve ser assim, isso não é realmente cristão".

O Papa precisou que nesta semente de início da nossa família cristã aparece outra característica, a da bênção: isto é, o cristão é um homem, uma mulher que "abençoa", que "fala bem de Deus e fala bem dos outros" e que "é abençoado por Deus e pelos outros" para ir para frente, também os leigos.


Papa Francisco chama a fazer-se pequeno e humilde para conhecer o mistério de Jesus

Segundo o ACI (23/06/2017), na Missa celebrada na manhã de hoje na Casa Santa Marta, no Vaticano, o Papa Francisco incentivou a fazer-se pequenos, "a reconhecer que não somos nada", para conhecer o mistério de Jesus.

O Senhor nos escolheu para ser seu próprio povo, sublinhou, ele se "misturou conosco no caminho da vida" e nos deu "Seu Filho, e a vida de Seu Filho, por amor nosso". "No coração de Jesus, dá-nos a graça de celebrar com alegria os grandes mistérios da nossa salvação, de Seu amor por nós", celebrando assim "a nossa fé".

O Papa insistiu em dois conceitos, "escolha" e "pequenez". Em relação ao primeiro, assinalou, que "não somos nós que o escolhemos", mas é Deus que se fez "nosso prisioneiro".

Deus "se prendeu à nossa vida, não pode se distanciar. Jogou forte! Ele permanece fiel nessa atitude. Fomos escolhidos por amor e esta é a nossa identidade".

O Pontífice advertiu contra a tentação de dizer: "Eu escolhi esta religião, eu escolhi...". "Não, você não escolheu. É Ele que escolheu você, chamou você e se prendeu. E esta é a nossa fé. Se não acreditamos nisso, não entendemos a mensagem de Cristo, não entendemos o Evangelho".

Sobre a "pequenez", o Papa afirmou que Deus "se apaixonou pela nossa pequenez e por isso ele nos escolheu. E ele escolhe os pequenos: não os grandes, os pequenos. E Ele se revela aos pequenos: 'Escondestes essas coisas aos grandes e poderosos e as revelastes aos pequeninos!'. Ele se revela aos pequenos: se você quer entender algo do mistério de Jesus, abaixe-se: faça-se pequeno. Reconheça que você não é nada".

Em seguida, Francisco disse que Deus "não só escolhe e se revela aos pequenos, mas chama os pequenos: 'Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei'. Vós que sois os menores - pelos sofrimentos, cansaço... Ele escolhe os pequenos, revela-se aos pequenos e chama os pequenos".

Então perguntou: "Mas os grande Ele não os chama?". O Papa explicou que "o Seu coração está aberto, mas a voz os grandes não conseguem ouvi-la porque eles estão cheios de si mesmos. Para ouvir a voz de Deus, é preciso se fazer pequeno".

Desse modo, descobre-se como o coração traspassado de Cristo é "o coração da revelação, o coração da nossa fé, porque ele se fez pequeno, ele escolheu este caminho". O caminho de humilhar-se e aniquilar-se "até a morte" na cruz. O coração de Cristo é um "coração que ama, que escolhe, que é fiel, que se une a nós, revela-se aos pequenos, chama os pequenos, e se faz pequeno".

"O problema da fé é o núcleo da nossa vida: podemos ser muito virtuosos, mas sem ou pouca fé; devemos começar a partir daqui, a partir do mistério de Jesus Cristo que nos salvou com a sua fidelidade", concluiu.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/papa-francisco-chama-a-fazer-se-pequeno-e-humilde-para-conhecer-o-misterio-de-jesus-61863/

Papa Francisco oferece uma receita para quando estejamos em momentos de escuridão

Segundo o ACI Digital (09/06/2017), rezar e ser paciente. Esta é a receita que o Papa Francisco ofereceu em sua homilia na Missa na Casa Santa Marta para enfrentar momentos difíceis e de escuridão.

O Pontífice também alertou contra a vaidade, que é uma "beleza maquiada" que não deixa entrar no coração a "alegria que é de Deus".

Na Missa na capela da Casa Santa Marta, o Santo Padre convidou a agradecer pela "salvação" que nos dá, ao comentar sobre a primeira leitura da liturgia do dia.

Deus leva avante "a história" e "a vida das pessoas, inclusive a nossa". Tobias e Sara, prosseguiu, viveram de fato "momentos difíceis" e "momentos belos".

"Todos nós passamos por momentos difíceis, duros, não tão difíceis como este, mas nós sabemos o que se sente num momento difícil, de dor, no momento das dificuldades, nós sabemos".

Mas Tobias e Sara rezam "e esta é a atitude que nos salva nos momentos difíceis: a oração. A paciência: porque os dois são pacientes com a própria dor. E a esperança que Deus nos ouça e faça passar esses momentos difíceis. Nos momentos de tristeza, pouca ou muita, nos momentos de escuridão: oração, paciência e esperança. Não esqueçam isto", disse o Papa.

"Após a prova, o Senhor está próximo a eles e os salva. Mas há momentos bonitos, autênticos, como este, não aqueles momentos com beleza maquiada, que é tudo artificial, um fogo-de-artifício, mas não é a beleza da alma".

"E o que fazem os dois nos momentos bons?", perguntou-se. "Dão graças a Deus, alargam o seu coração na oração de agradecimento".

Neste sentido, convidou a discernir que na vida há momentos de "cruz" e é necessário "rezar, ser paciente e ter pelo menos um pouquinho de esperança": é preciso evitar cair "na vaidade", porque "o Senhor está sempre ao nosso lado".

"Peçamos a graça e saber discernir o que acontece nos maus momentos de nossas vidas e como ir avante, e o que acontece nos momentos bons e não se deixar enganar pela vaidade".

Leitura comentada pelo Papa:

Primeira leitura

Tb 11, 5-17

Naqueles dias, 5Ana estava sentada, observando atentamente o caminho por onde devia chegar seu filho. 6Percebeu que ele se aproximava e disse ao pai: "Teu filho está chegando, e com ele o homem que o acompanhou". 7Antes que Tobias se aproximasse do pai, Rafael lhe disse: "Estou certo de que seus olhos se abrirão. 8Aplica-lhe nos olhos o fel do peixe. O remédio fará com que as manchas brancas se contraiam e se desprendam de seus olhos. Teu pai vai recuperar a vista e enxergará a luz". 9Ana correu, atirou-se ao pescoço do filho e disse: "Voltei à ver-te, meu filho, agora posso morrer!" E chorou.

10Tobit levantou-se e, tropeçando, atravessou a porta do pátio. 11Tobias foi ao seu encontro, tendo na mão o fel do peixe. Soprou-lhe nos olhos e, segurando-o, disse: "Confiança, pai!" Derramou o remédio e esfregou-o. 12Depois, com ambas as mãos, tirou-lhe as películas dos cantos dos olhos. 13Então Tobit caiu-lhe ao pescoço, chorando e dizendo: "Eu te vejo, meu filho, luz de meus olhos!" 14E acrescentou: "Bendito seja Deus! Bendito seja o seu grande nome! Benditos sejam todos os seus santos anjos por todos os séculos! 15Porque, se ele me castigou, agora vejo o meu filho Tobias!" A seguir, Tobit entrou com Ana em sua casa, louvando e bendizendo a Deus em alta voz, por tudo o que lhes tinha acontecido. E Tobias contou ao pai como tinha sido boa a viagem deles, por obra do Senhor Deus, como haviam trazido dinheiro e como se tinha casado com Sara, filha de Raguel. Aliás, ela já se aproximava das portas de Nínive. 16Tobit e Ana alegraram-se muito e saíram ao encontro da nora, às portas da cidade. Vendo-o andar a passos largos e com toda a firmeza, sem que ninguém o conduzisse pela mão, os ninivitas se admiraram. 17E diante deles Tobit louvava e bendizia a Deus em alta voz, por ter sido misericordioso para com ele e por lhe ter aberto os olhos. E, aproximando-se de Sara, mulher de seu filho Tobias, abençoou-a e disse: "Bem-vinda sejas, minha filha. E bendito seja o teu Deus, filha, que te trouxe para junto de nós! Abençoado seja o teu pai, abençoado o meu filho Tobias e abençoada sejas tu, minha filha! Entra em tua casa com saúde, a ti bênção e alegria! Entra, minha filha!" E naquele dia foi grande o contentamento entre todos os judeus que se encontravam em Nínive

. POR PROF. FELIPE AQUINO

Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/papa-francisco-oferece-uma-receita-para-quando-estejamos-em-momentos-de-escuridao-55682/

Sínodo 2018: Vaticano cria site para dialogar com os jovens

Encontra aqui mais uma ferramenta de comunicação do Vaticano.

Atreve-te a utiliza-la!

Momentos de reflexão com o Papa Francisco

"A nossa esperança é por sermos filhos amados de Deus"


Muitos procuram dar nas vistas, só para preencher um vazio interior

(ZENIT - Cidade do Vaticano, 14 Jun. 2017).- O tempo de primavera adornou uma Praça de São Pedro repleta de peregrinos que nesta manhã receberam com entusiasmo o Papa Francisco que chegou a bordo da Jeep branca. Durante os 20 minutos em que percorreu a praça, o Papa saudou os fiéis que gritavam e o aplaudiam, e as crianças foram as absolutas protagonistas do percurso de Francisco a bordo do papamóvel. Os pequenos são levados até o papa e recebem uma bênção especial.

Quanto ao tema da catequese feita na Audiência geral, o Santo Padre continuou hoje a série de catequeses sobre a esperança cristã. E em seu resumo em português o Papa indicou que "a nossa esperança assenta na certeza de sermos filhos de Deus, amados, desejados por Deus". E "se quisermos mudar o coração duma pessoa triste, é preciso, antes de mais nada, fazer-lhe sentir que é desejada, que é importante".

"Porque "grande parte da angústia do homem de hoje nasce disto: de pensar que, se não formos fortes, atraentes e belos, ninguém porá os olhos em nós, ninguém quererá saber de nós. Muitos procuram dar nas vistas, só para preencher um vazio interior: como se fôssemos pessoas eternamente carecidas de confirmação do que somos e valemos".

"Imaginem um mundo -indicou o Papa- onde todos procuram chamar a atenção para si mesmos, e ninguém está disposto a querer bem gratuitamente aos outros! Parece um mundo humano, mas na realidade é um inferno".

"Nada mais poderá fazer-nos felizes, senão a experiência do amor dado e recebido. A vida do ser humano consiste numa troca de olhares: alguém, fixando-nos nos olhos, arranca-nos o primeiro sorriso; por nossa vez, sorrindo gratuitamente a quem está fechado na tristeza, abrimos-lhe uma porta de saída", disse.

"Vemos acontecer isto no filho pródigo da parábola, «Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço...». Somos filhos amados de Deus. E não nos ama, por ver em nós alguma razão para isso; ama-nos porque Ele mesmo é amor, e o amor, por sua natureza, tende a difundir-se, a dar-se".

"Deus nem sequer -assegurou o Pontífice- faz depender o seu amor da nossa conversão: antes, esta é consequência do seu amor. Deus ama-nos mesmo quando somos pecadores. Ao criar-nos, imprimiu em nós uma beleza primordial que nenhum pecado, nenhuma opção errada poderá jamais cancelar de todo. Aos olhos do Pai do céu, seremos sempre pequenas fontes de água boa que jorram para a vida eterna".

Antes de concluir o ressumo das catequeses enviou saudação aos peregrinos de língua portuguesa, "especialmente a quantos vieram do Brasil, convidando todos a permanecer fiéis ao amor de Deus que encontramos em Cristo Jesus".

"Ele desafia-nos a sair do nosso mundo limitado e estreito para o Reino de Deus e a verdadeira liberdade", assegurou. E concluiu desejando que "o Espírito Santo vos ilumine para poderdes levar a Bênção de Deus a todos os homens. A Virgem Mãe vele sobre o vosso caminho e vos proteja".

Papa Francisco a jovens presbíteros: "Ser sacerdote é arriscar a vida pelo Senhor"

Papa Francisco a jovens presbíteros: "Ser sacerdote é arriscar a vida pelo Senhor"


Segundo o ACI Digital (01/06/2017), o Papa Francisco encorajou os jovens sacerdotes a "permanecer abertos às surpresas de Deus", a usar a sua criatividade para a evangelização e recordou-lhes que o seu trabalho não é burocrático, mas que "ser sacerdote é arriscar a vida pelo Senhor".

O Santo Padre fez este ensinamento na audiência concedida no Palácio Apostólico Vaticano aos participantes da Plenária da Congregação para o Clero.

Em seu discurso, o Papa refletiu sobre a nova Ratio Fundamentalis, documento aprovado pela Congregação para o Clero em dezembro de 2016, no qual determinam uma série de normas sobre a formação dos sacerdotes católicos.

Francisco recordou que "este documento fala sobre a formação integral, capaz de incluir todos os aspectos da vida; e que indica o caminho para formar o discípulo missionário".

Neste sentido, destacou dois aspectos: "o fascínio do chamado e o compromisso que ele exige". Em concreto, dirigiu seus pensamentos aos sacerdotes jovens, que vivem "entre o entusiasmo dos primeiros projetos e a ânsia das fatigas apostólicas, nas quais se imerge com certo temor, sinal de sabedoria".

Os jovens sacerdotes, disse, "sentem profundamente a alegria e a força da unção recebida, mas sentem também gradualmente o peso da responsabilidade, dos vários compromissos pastorais e das expectativas do Povo de Deus".

"Como um sacerdote jovem vive tudo?", perguntou o Santo Padre. "O que carrega em seu coração? O que precisa para que os seus pés, que saem a proclamar o feliz anúncio do Evangelho, não se paralisem diante do medo ou das primeiras dificuldades?".

O Bispo de Roma respondeu a estas perguntas com uma frase: "Vocês foram escolhidos, são amados pelo Senhor". "Deus olha para eles com a ternura de Pai e não deixa os seus passos vacilar. Aos seus olhos vocês são importantes e Ele sabe que estariam à altura da missão à qual os chamou".

"Alegro-me sempre quando encontro sacerdotes jovens, porque neles vejo a juventude da Igreja", insistiu.

"Pensando na nova Ratio, que fala sobre o sacerdote como um jovem discípulo missionário, quero sublinhar, especialmente para os sacerdotes jovens, alguns comportamentos importantes como: rezar sem cessar, caminhar sempre e partilhar com o coração".

1. Rezar sem cessar

"Porque podemos ser 'pescadores de homens' somente se nós por primeiros reconhecemos ter sido pescadores da ternura do Senhor", explicou. "A nossa vocação começou quando, abandonada a terra do nosso individualismo e de nossos projetos pessoais, nos encaminhamos para a santa viagem, entregando-nos ao Amor que nos procurou e à Voz que fez vibrar o nosso coração".

"Se não permanecemos intimamente ligados a Ele, não teremos uma boa pesca. Rezem sempre, eu recomendo!".

Neste sentido, explicou a importância da oração para cada sacerdote: "A oração, a relação com Deus, o cuidado da vida espiritual dão alma ao ministério, e o ministério dá corpo à vida espiritual: o sacerdote se santifica e santifica os outros no exercício concreto do ministério, especialmente rezando e celebrando os Sacramentos".

2. Caminhar sempre

O sacerdote sempre está em caminho, sublinhou o Papa. "Nunca poderá se sentir satisfeito nem poderá apagar a inquietação saudável que o leva a estender as mãos ao Senhor para se deixar formar e encher".

Portanto, o sacerdote deve "se atualizar sempre e permanecer aberto às surpresas de Deus". Nessa abertura ao novo, "os sacerdotes jovens poder ser criativos na evangelização, frequentando com discernimento os novos lugares da comunicação".

3. Partilhar com o coração.

"A vida sacerdotal não é um escritório burocrático ou um conjunto de práticas religiosas ou litúrgicas para atender. Ser sacerdote significa arriscar a vida pelo Senhor e pelos irmãos, carregando na própria carne as alegrias e angústias do povo, dedicando tempo e escuta para curar as feridas dos outros, oferecendo a todos a ternura do Pai", concluiu o Papa.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/papa-francisco-a-jovens-presbiteros-ser-sacerdote-e-arriscar-a-vida-pelo-senhor-90696/

Papa assinala solenidade da Santíssima Trindade, que mostra um Deus próximo e aberto


«Jesus manifestou o rosto de Deus, Um na substância e Trino nas pessoas», disse Francisco


Cidade do Vaticano, 11 jun 2017 (Ecclesia) - O Papa Francisco assinalou hoje no Vaticano a solenidade da Santíssima Trindade, que revela um Deus próximo e aberto."Deus não é distante é fechado em si próprio, mas é vida que quer comunicar-se, é abertura, é amor que resgata o homem da infidelidade", disse, perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para a recitação do ângelus.Francisco falou num Deus "misericordioso", "piedoso" e "rico de graça", que se oferece à humanidade para superar os limites e falhas de cada pessoa, mostrando "o caminho da justiça e da verdade"."Jesus manifestou o rosto de Deus, Um na substância e Trino nas pessoas; Deus é todo e só Amor, numa relação subsistente que tudo cria, redime e santifica: Pai e Filho e Espírito Santo", acrescentou.O Papa sublinhou que as comunidades cristãs são chamadas a ser um reflexo da Trindade, "da sua bondade e beleza".A intervenção referiu-se depois ao diálogo entre Jesus e Nicodemos, relatado pelos Evangelhos, em que se fala da "vida eterna", ou seja, "o amor gratuito e sem medida do Pai que Jesu deu na cruz"."Este amo, com a ação do Espírito Santo, irradiou uma nova luz sobre a terra e em cada coração humano que o acolhe", prosseguiu Francisco.No final do encontro, o Papa recordou a beatificação, este sábado, da mística e teóloga Itala Mela (1904-1957), natural da região italiana da Ligúria, que se converteu ao Cristianismo."Que ela nos encoraje, durante os nossos dias, a dirigir muitas vezes o pensamento a Deus Pai, Filho e Espírito Santo que vive na cela do nosso coração", apelou.Francisco dirigiu ainda uma saudação à comunidade boliviana que vive em Roma, no dia em que celebra a festa de Nossa Senhora de Copacabana, padroeira do país sul-americano.

OC

Mensagem Papa Francisco Visita Portugal 

Francisco encontrou-se com milhares de pessoas na Praça de São Pedro


Cidade do Vaticano, 24 mai 2017 (Ecclesia) - O Papa Francisco encontrou-se hoje com milhares de pessoas na Praça de São Pedro, para a audiência pública semanal, e apresentou a "terapia de esperança" de Jesus que acompanha os momentos mais difíceis.
"Jesus caminha sempre connosco, sempre, também nos momentos mais dolorosos, nos momentos mais feios, também nos momentos da derrota. Ali está o Senhor e esta é a nossa esperança. Vamos em frente com esta esperança, porque Ele está ao nosso lado, caminhando connosco, sempre", disse, na sua intervenção inicial, em italiano.
Após a audiência privada com o presidente dos EUA, Donald Trump, Francisco percorreu a Praça de São Pedro em papamóvel aberto, saudando em particular várias crianças.
O Papa prosseguiu o ciclo de catequeses sobre a esperança, que tem vindo a apresentar às quartas-feiras, partindo do relato do encontro, após o julgamento e execução de Jesus, deste com dois discípulos desanimados que seguiam de Jerusalém para Emaús.
Francisco disse que a comunidade cristã não se fecha numa "cidadela fortificada", mas vive naturalmente "na estrada", a caminho com os outros.
"Ali se encontra com as pessoas, com as suas esperanças e as suas desilusões, por vezes pesadas. A Igreja ouve as histórias de todos, à medida que emergem do cofre da consciência pessoal, para depois oferecer a Palavra da vida, o testemunho do amor, amor até à morte. E então o coração das pessoas volta a arde de esperança", precisou.
O Papa deixou em particular uma saudação aos peregrinos vindos da Síria, da Terra Santa e do Médio Oriente, evocando as pessoas que vivem com "coração despedaçado por causa das guerras e das desilusões".
Francisco observou que, na fé cristã, a verdadeira esperança passa pelas "derrotas" e que nos Livros Sagrados não se encontram histórias de "heroísmo fácil" nem "campanhas fulminantes de conquista".
"Deus não gosta de ser amado como um General que leva o seu povo à vitória, aniquilando os adversários", disse.
No final do encontro, o Papa saudou os peregrinos de língua portuguesa, "invocando para todos as consolações e luzes do Espírito de Deus".
"Que, vencidos pessimismos e desilusões da vida, possam cruzar, juntamente com os seres queridos, o limiar da esperança que temos em Cristo ressuscitado. Conto com as vossas orações. Obrigado", declarou.
As saudações finais deixaram ainda votos de paz para a "cara nação ucraniana", perante militares deste país que tinham participado numa peregrinação internacional ao Santuário de Lourdes, França.
OC

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